No final das contas, um estupro é um estupro.
Não sabemos, e provavelmente nunca saberemos, o que ocorreu naquele quarto do Hotel Sofitel em Nova Iorque e que deu origem a acusação de crime sexual cometido por Dominique Strauss-Khan ex-chefe do FMI. Todavia, tão logo essa notícia alcançou a mídia, um conjunto de interpretações e disputas começa a emergir e torna esse caso emblemático das tensões que o mundo vive atualmente.
Tensões que motivaram um manifesto das feministas alertando para a tentativa de se relativizar o suposto crime, com o tradicional argumento do ato consentido, e assim desencorajar vítimas de abuso sexual e estupro de denunciarem os seus agressores. O efeito pedagógico dos argumentos levantados pela defesa do acusado representaria um grande retrocesso na luta contra o sexismo e a violência de gênero.
Vítima e réu parecem igualmente ganhar uma dimensão de representantes de religiões e grupos identitários distintos e opostos, de modo que o caso em questão adquiri contronos de “guerra de civilizações”. A vítima, mulçumana, frequentadora assídua de uma mesquita e o agressor, branco, européu, judeu e membro da elite política seriam as principais variáveis em jogo nesse evento. Essa percepção, que rapidamente tomou conta do senso-comum, acabou desviando a atenção da natureza dos crimes sexuais, que se fundamantam na desigualdae de poder entre homens e mulheres, para mobilizar outros tipos de sentimentos e conflitos que acabam prevalecendo na interpretação do caso. Dessa forma, mais uma vez, a sociedade parece ter dificuldade de encarar de frente o significado do estupro e do abuso sexual no âmbito da dominação masculina.
Bila Sorj, professora titular de sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Autora de vários livros e artigos sobre desigualdades de gênero.
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35 Comentários
Samuel
Um estupro é um estupro e para isso não há perdão!
Esse homem, ocupando a posição que ele ocupava, tinha o dever de tomar mais cautelas em todos os seus momentos, públicos ou particulares. Quem escolhe o caminho de tornar-se uma figura pública – um eventual candidato à Presidência da República! – tem de suportar esse peso e estar preparado para esse peso.
O que aconteceu naquele quarto deverá ser investigado e, se necessário, ser punido.
Independentemente disso, que algo assim ocorra já demonstra o despreparo do candidato e da sua equipe. E se ele dispensou a equipe nessa ocasião já é um fato que depõe contra ele!
Se houve ou não houve a violência é algo que será apurado. Agora, que o evento tenha chegado a esse ponto já demonstra o despreparo do homem público.
E agora? Ségolène Royal?
O século XXI é o século das Mulheres!
Pernelle
Polícia não confirma
por António Carneiro, RTP
ADN de Dominique Strauss Kahn terá sido encontrado nas roupas da alegada vítima
publicado 16:40 24 maio ’11
Texto
A polícia de Nova Iorque negou hoje ter divulgado “qualquer tipo de informação” sobre os testes de ADN realizados a Dominique Strauss Kahn e à empregada de hotel que o acusa de abusos sexuais. Vários média americanos e franceses noticiaram ontem que tinham sido detetados vestígios do ADN de Strauss-Kahn na roupa da alegada vítima.
Jane
Pitakeiros!!!
Boa sacada Lina…a publicação do texto!
conexaoparis
Jane
Não poderia deixar passar em silêncio.
LAVÂNIA
Este é mais um dos inúmeros episódios da história que será futuramente relatado através de versões nebulosas, sendo apenas mais uma jogada do inebriante jogo do poder e da política.
O homem é um animal político!
Jane Curiosa
Boa noite,Conectados
O DNA de Kahn está “inscrito” nas roupas de Nafissatou.
E daí?
Daí nem sêdas e nem pedras. Se houve um ataque e Nafissatou reagiu,haverá de ter marcas no corpo deixadas pelo uso da força usada por Dominique.Uma investigação bem conduzida trará luz ao acontecido entre quatro paredes e agora espalhados aos quatro ventos.
Helena Bäuerlein
Um estupro é um estupro !
Todavia, com toda minha transparência e ousadia, pergunto como a camareira adentra um quarto ocupado ?
Percebeu que o hóspede estava no quarto e permaneceu no mesmo ?
Que homem é êsse que consegue tão rapidamente, mas tão rapidamente mesmo, ficar ”pronto” sem que a vítima tivesse tempo de sair correndo? Com certeza ele não iria correr armado atrás da moça.
Longe de mim defender tal crime.
Mas são vários pontos dificeis de serem engulidos.
Outro que não me desce guela abaixo é o puritanismo americano.
Pronto ! Podem jogar as pedras !!!
Pernelle
Henri Lévy indignado com detenção de Strauss-Kahn
Ontem
O filósofo francês lançou duras críticas ao sistema judicial americano, à comunicação social e diz que ex-director do FMI não é “a besta insaciável que hoje descrevem por todo o lado”.
Num texto publicado hoje no El País, o escritor e filósofo francês Bernard-Henri Lévy defendeu o ex-director do FMI, Dominique Strauss-Kahn, dizendo que “nada no mundo justifica que um homem seja atirado aos leões desta maneira”.
Num comentário intitulado O que sei sobre Dominique Strauss-Kahn, o influente autor admite não saber o que se passou no quarto do hotel nova-iorquino Sofitel, mas que nenhuma suspeita justifica que “o mundo inteiro seja convidado a regozijar-se com o espectáculo da sua silhueta algemada”.
Henri Lévy diz-se ressentido com o sistema judicial norte-americano, a imprensa nova-iorquina – “vergonha da profissão”- , com comentaristas, politólogos e “todos aqueles que, em França, aproveitaram a ocasião para saldar as suas contas ou fazer avançar os seus mesquinhos assuntos”.
“O que sei é que o Strauss-Kahn que conheço, o Strauss Kahn de quem sou amigo há 25 anos e de quem continuarei a ser amigo, não se parece com o monstro, a besta insaciável e maléfica, o homem das cavernas que hoje nos descrevem por todo o lado: sedutor, seguramente; conquistador, amante das mulheres e, acima de tudo, da sua, naturalmente; mas esta personagem brutal e violenta, este animal selvagem, este primata…claro que não. É absurdo”, escreve o filófoso.
Pernelle
Pausa para reflexão:
Amigo de vítima de Strauss-Kahn admite ter mentido
19 de maio de 2011 • 17h36 • atualizado às 20h14
Comentários
Um homem que se apresentou como o irmão da vítima de tentativa de estupro pelo ex-diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, admitiu esta quinta-feira que era um simples amigo da mulher de 32 anos, funcionária do hotel Sofitel de Nova York.
O homem é proprietário de um restaurante do Harlem e foi citado por vários meios de comunicação, entre eles a AFP, como o irmão da suposta vítima e disse que a jovem teria ligado para ele arrasada após o suposto crime sexual, ocorrido em um quarto de hotel de Manhattan.”Ela não sabia quem era Dominique Strauss-Kahn no momento dos fatos. Fui eu quem explicou quando ela me ligou”, disse recentemente.
Nesta quinta-feira, depois que os meios americanos noticiaram que ele não é o irmão da suposta vítima, declarou: “eu não sou um mentiroso. Nunca disse que fosse a minha irmã de sangue nos Estados Unidos. É uma boa amiga, uma cliente regular do restaurante.
Pernelle
Boa noite!
Acho engraçado a maneira de julgar as pessoas.
A camareira invadiu um quarto ocupado no Sofitel?
Quarto de um dos homens mais vigiados do planeta?
Quem mandou ela invadir um quarto ocupado?
Quem presenciou o fato?
Pelo amor de Deus!
Pausa para reflexão.
Ele é um homem brilhante!
Isto foi uma bela armação.
E eu lamento mutíssimo.!
Quando pessoas crescem as cabeças são cortadas!
É lamentável!
Eu não acredito na estória, isto é estória.
Pernelle
Pernelle.
Ludwig Wallerstein Neto
O homem é o lobo do homem…