Este ano, o rei Salmane ben Abdelaziz Al Saoud, da Arábia Saudita, ocupou, durante alguns dias, sua casa da Côte d’Azur. A estadia foi curta, do dia 25 de julho até domingo passado. Estas férias de oito dias se transformaram em “estadia polêmica” ocupando espaço nobre em toda a mídia francesa.
Sua mansão se encontra em Golfe-Juan, na comuna de Vallauris. Antes da chegada do rei e sua comitiva, o uso da praia mais próxima da sua casa, Mirandole, foi interditada e privatizada pelo ilustre hóspede francês.
Por muito menos os franceses reclamam. Imaginem a privatização de uma praia pública por reis estrangeiros (pequeno detalhe, por fatos similares e há séculos atrás, os reis daqui tiveram a cabeça decapitada e os que escaparam vivem discretamente). A privatização arbitrária provocou artigos e denúncias em todos os jornais, um abaixo assinado e reboliço nas redes sociais.
Para complicar a situação, logo após a chegada da família real, uma policial encarregada da proteção do rei e sua comitiva foi afastada da sua função. Motivo: o rei pediu que ela não presenciasse seu banho de mar.
A policial reclamou junto aos superiores e estes se referiram ao Presidente da República. Resultado, a agente foi transferida para a equipe que controla o estacionamento da mansão.
A comitiva real árabe era composta por 700 pessoas: membros da família, amigos, militares e responsáveis do protocole. Todos instalados nos hotéis chics de Cannes e Antibes.
A estadia dos saudianos deu uma injeção de 9 milhões de euros na economia da Côte d’Azur. Eles ocuparam todos os hotéis, usaram os serviços VIP e invadiram as lojas da região. Quatrocentos carros com chofer ficaram constantemente mobilizados para passear a família e sua comitiva por Nice, Saint Tropez, Mônaco… Na avenida principal de Cannes, a comitiva invadiu as lojas de luxo Hermès, Prada, Chanel. Os institutos de beleza, os comerciantes de frutas e legumes, os floristas, as arrumadeiras, os arquitetos, os paisagistas, as lojas de eletrodomésticos, todos viveram estes dias como uma fabulosa aventura comercial.
No final, alguns franceses até reviram a posição inicial. Voltem sempre!
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8 Comentários
Anderson Pereira
Sem qualquer hipocrisia: será que os franceses que reclamaram dos fatos iriam usar exatamente esta praia que o rei usou? Se não, isso gera PIB. Ainda mais em um país que tem o turismo como um dos principais componentes de seu PIB. Na verdade, quem mais ganhou com isso foram exatamente os jornais! Nada além do que o do “The Sun” faz até pior, sem muito lastro. Mas se fosse a família Dassault, LMVH, Depardieu e outras, tudo bem. No fundo, o francês se sente invadido. Mas não afere o quanto isso sustenta sua economia!
Marcy
Franceses aceitando a mentalidade e comportamento saudita não se imagina mesmo e fico com os franceses. Nada a ver mmo deixando mto dinheiro em lojas,etc.
Esse pessoal deveria comprar uma ilha e ir a Nice só mmo p gastar. Em pleno século 21 a policial passar por aquilo!…
Gabriela
Leitora assídua do Conexão Paris, qual não foi minha surpresa ao me deparar com o artigo sobre a visita do monarca saudita. Não esperava ler um “voltem sempre” dedicado àqueles que chicoteiam bloggers tanto quanto vocês do Conexão Paris (https://www.hrw.org/news/2015/01/10/saudi-arabia-free-blogger-publicly-flogged) e bombardeiam alvos civis no Iémen (http://edition.cnn.com/2015/05/01/middleeast/yemen-crisis/). Na mesma semana que o Le Monde trouxe o buzz em Côte d’Azur bastava ter virado algumas páginas (ou clicado em outros links) para ter acesso ao seu caderno Internacional com matérias sobre guerras esquecidas e violações de Direitos Humanos para pensar duas vezes antes de mandar um salve a monarquia Saudita. Assinado por uma fã, mas que hoje ficou profundamente decepcionada. Que não voltem.
Rodrigo Lavalle
Gabriela, o “Voltem sempre” foi pronunciado por certos franceses que moram na área e se beneficiaram com a presença do rei e sua comitiva. O CP está somente relatando os fatos e mostrando como a opinião das pessoas pode mudar dependendo dos benefícios que estão em jogo.
Abraços.
Mauricio Christovão
“Os cães ladram e a caravana passa” – Ibrahim Sued. Não gosto de praia particular, que teoricamente não existe no Brasil, a não ser para certos condomínios de endinheirados que insistem em dificultar o acesso ao mar. Também detesto “muvuca”, com praias cheias e barulhentas. A solução mais fácil para ele e seus convidados seria comprar ou alugar uma ilha e ficar por lá, mais à vontade. Quanto a mim, vou à praia na baixa temporada ou em horários alternativos, já que não tenho esse dinheiro todo…
Ana Maria
Ai que inveja!
Helena
Isso é o que eu chamo de movimentar a economia!!!
A priori, acho a interdição um absurdo. Não obstante, se aquele que teve impedido seu banho de mar conseguiu, por exemplo, dar um up em suas vendas (quer de Birkin, quer de flores ou legumes), acredito que não tenha se importado. Nem um pouquinho…
Rita
Hipocrisia há em todo lugar!