Est-ce que vous avez du feu?
Texto de Kátia Becho
Cigarro e glamour formavam uma dupla quase indestrutível até alguns anos atrás. No cinema, na publicidade ou na TV, o cigarro compunha a cena emprestando charme e uma aura de mistério aos protagonistas. Pura sedução. Mas agora, tudo mudou. A luta antitabagista varre o mundo com leis restritivas e aumento de preços. E o cigarro, de mocinho, passou a vilão.
A França proíbe o fumo em lugares fechados desde 2008, o que fez com que os fumantes inundassem as varandas dos cafés para dar suas baforadas. Já o aumento dos preços fez surgir uma nova moda entre os jovens parisienses: a antiga prática de enrolar o próprio cigarro. É comum ver os jovens abrirem a bolsa, pegar o pacote de tabaco e a seda e, como um ritual, calmamente enrolar o dito cujo.
Vamos aos números: um pacote de 40g do tabaco Armsterdamer, um dos mais consumidos, custa cerca de 5 euros e rende uns 50 cigarros. Já um maço tradicional (paquet de cigarettes) custa o mesmo valor e traz apenas 20. O custo- benefício (pra quem vê algum benefício) atraente foi o empurrãozinho pra moda pegar. Você tem fogo?
Na foto, Raphael Gros, cuja mãe é belorizontina.
Hoje, 31 de maio, é o Dia Mundial Sem Tabaco.
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75 Comentários
Isabel A
Taí… o mais importante é a beleza do gato, pronto!
eymard
Dodo disse tudo!!! Abaixo as aporias!!!!
Jane Curiosa
Mariana,eu também não digo nada,nunca disse. Mas agora eu posso escapar,
pois tenho para onde.
Jane Curiosa
IH,Beth!
Não adianta proibir,você sabe dissoJogar na ilegalidade o fumo?Não.Desestimular e garantir o direito de quem não é adepto de fumar,para mim como uma mera cidadã já é bastante bom.É um alívio poder entrar em um restaurante e ver meu filho poder se alimentar normalmente(ele sofre de asma).
Lembro de quando a proibição não existia.Era constrangedor pedir até a um (a)amigo(a) para que não fumasse na minha casa.Fumar era automático,a pessoa simplesmente perguntava se eu me importava e sem nem esperar a resposta já havia acendido o cigarro.Nem aí para a absoluta falta de cinzeiros na residência,a gritar que ali o cigarro devia passar ao largo.Como era um vício admitido,o não fumante que fizesse cara de paisagem;vício é vício.Agora não.Direitos estabelecidos,faça uma pausa e vá fumar depois.Ou no jardim.
Tenho uma amiga que acreditava que fumava escondido do marido e dos filhos no banheiro;na varanda;no jardim…,ela sequer conseguia perceber que o cigarro tem cheiro e forte e acabava sendo percebido por todos.
Temos um outro amigo, que depois de a esposa dele ter deixado de fumar,passou a fumar enfiando a cabeça dentro da churrasqueira.Era hilário,juro!
Não sou radical,mas ando bem feliz com as atuais determinações.
E sim,eu tenho amigos fumantes dos quais eu gosto muito.Muitos diminuiram a quantidade e relatam que começam a se sentir melhor fisicamente.
Outros largaram,e outros continuam como verdadeiras chaminés emitindo rolos e rolos de fumaça pelas ventas.Estes são os meus queridos dragões.
É só isso.
Quanto aos combustíveis fósseis…ih! A contenção em seu uso ainda é utópica.
Mariana
eu não reclamo com fumante em lugar aberto, mas incomoda mesmo, quando perto de você. tenho muito problema respiratório, começo com uma tosse seca involuntária e tudo, mas nem digo nada.
tinha algo pra acrescentar sobre a discussão, mas esse mocinho é tão lindo que até esqueci?
De qualquer maneira, só vim deixar comentário pra agradacer à Lina pelas dicas preciosas do blog, ajudou muitíssimo na minha viagem ^^
conexaoparis
Mariana
Ele é bonito mesmo, não é? Até que enfim alguém assinalou o detalhe.
Beth
Jane Curiosa
SE for por aí, por que o governo não proibe logo a fabricação e venda de cigarros?
PS. Podiam aproveitar e proibir também a venda de combustíveis fósseis!
Jane Curiosa
Na rabeeeeiiira do debate mas…no debate.Ou:esperem por mim,não desistam,pois um dia ainda me tornarei onipresente.
No Brasil, as mortes por tabagismo superam a soma de mortes pelo uso de cocaína e outras drogas ilícitas;trânsito,alcoolismo,o câncer e a AIDS.O impacto no orçamento da saúde pública é imenso, principalmente se considerarmos que
o tabagismo não atinge apenas os pulmões do fumante,mas causa câncer bucal,pulmonar e acidentes vasculares que deixam as vítimas dependentes de tratamentos longos e caros,sobrecarregando os leitos hospitalares já exíguos
nos hospitais.
Sou a favor sim,da proibição do ato de fumar em público,pois assim diminui-se
também o número de fumantes invonluntários,os chamados fumantes passivos.
A mim não adianta o fumante dizer que fumar ou não fumar é um direito que ele possui e que arca com seu vício já que paga o seu cigarro,pois eu abro mão da gratuidade da fumaça que ele me faz inspirar e que depois não vai pagar o meu tratamento.Aliás,quantos de nós consegue bancar UTI,medicação,honorários médicos,enfermagem,leito hospitalar,sem ter de vender a casa ou alguma propriedade,para bancar SÓZINHO todos esses custos?Sempre vai rachar a conta com outros conveniados(de algum plano de saúde) ou até mesmo,vai aumentar os custos das combalidas contas contas da saúde mais que perfeita
desse país tão amado e tão expoliado.EPA! Aqui acho que esbarrei em algo.
Será que a corrupção não mata mais do que tudo isso junto e multiplicado?
Sueli OVB
“Se o homem falhar em conciliar a justiça e a liberdade, então falha em tudo”. Albert Camus
Dodô
Madá,
Como presunto em espanhol quer dizer presumido, seria de se supor que o tema (jámón & prosciutto) já tenha sido amplamente debatido, em alguns momentos com mais calor do que luz.
Contudo, a razão maior pela qual não comentei o post sobre Jabugo x Parma é que torço pelo empate. Uma das coisas que complicam a vida é o falso dilema. O “também” é melhor do que o “em vez de”. Ecumenismo em vez de fundamentalismo funciona não só na mesa, mas em praticamente tudo. Pelé E Garrincha, não Pelé OU Garrincha. Messi e Maradona, Bach e Mozart, Picasso e Giotto – idem. Voltando à mesa, cordeiro e aspargos, não o cordeiro poupado e o aspargo cruelmente arrancado do solo. Aliás, se Mãe Natura nos quisesse apenas dilacerando alface não nos teria dotado de dentes caninos.
Penso que a vida é curta demais e os obstáculos no caminho frequentes o bastante para que nós próprios nos imponhamos limitações além daquelas imperiosas, ditadas pelo respeito aos outros, a nós próprios e ao bem comum.
Abs
eymard
Tudo já foi dito e redito! Reli só pelo prazer do debate. Da discussao. Lembrei-me da ladeira do Amendoim, de BH. Estamos descendo a ladeira com a sensaçao de que estamos subindo! Nosso padrao de civilidade anda do mesmo jeito! E tenho muitos exemplos cotidianos. Essa artilharia comportamental de sinais trocados é apenas um deles.