Acho extremamente desagradável quando sou obrigada a « participar » da conversa telefônica da pessoa que está meu ao lado no metrô, no trem, na sala de espera do médico, no cabeleireiro. Às vezes gostaria de ler, trabalhar ou não fazer nada, olhar as pessoas e a paisagem e de repente o som invade o espaço e me encontro “participando” de uma conversa que não me interessa.
A estatal francesa RATP, encarregada dos transportes urbanos, e a SNCF, que dirige o transporte ferroviário, lançam com frequência, campanhas educativas. Através de cartazes e caricaturas dos “falantes” estas empresas educam devagar a população criando regras do bom uso do espaço social.
Na Alemanha, a Deutsche Bahn prevê zonas de silêncio onde o menor barulho, a começar pelo telefone, é proibido. A SNCF francesa inventou os IDTGV com ambientes Zen. São passagens especiais e o cliente que deseja trabalhar ou dormir pode encontrar na escolha Zen uma certa tranquilidade.
Em alguns resturantes em Paris, os celulares são proibidos. Eu aplaudo a medida.
Em conversas de fim de noite com amigos brasileiros sobre este “problema”, eles me disseram que no Brasil é normal o telefone tocar nos cinemas, durante a projeção de filmes. Para quem não suporta nem o barulho do saquinho de pipoca, isto é o fim do mundo. Às vezes acabo achando graça destes meus incômodos, já sou uma francesa mal-humorada.
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53 Comentários
Jacqueline
Nada se compara ao Funk no celular. E radinho sem fone em viagens de longa distancia. Essa considero ainda pior. Na ultima que fiz, há duas semanas, saímos quase madrugada e uma criatura a intervalos regulares ligava um radinho e estragava o sossego de cinquenta. De matar.
Rodrigo Lavalle
Vou ser bem francês chato e mal humorado e dizer que o que me incomoda mesmo no metrô são as pessoas tocando música e cantando dentro dos vagões.
Babi Marques
Lina, também moro em Paris e concordo com o incentivo de proibir celulares. Na verdade acho que tudo tem que ter bom senso. Porque ficar gritando dentro do vagão? Ok, é uma ligação de trabalho, é urgente, mas não precisa durar mais do que 10 minutos, apenas 3 até você descer a próxima estação. Outra coisa é estar jantando com amigos que parecem mais interessados no celular do que em conversar com você…. Deselegante essa atitude!. Temos que ser menos dependentes da tecnologia, o celular é a muleta dos solitários, mas não em Paris! Paris é o melhor lugar para ser solitário, ninguém se importa se você está sozinho no jardin ou no restaurante, pois então por que temos que ficar gritando ao telefone? Não acho que nós tornamos francesas mau-humaradas, mas sim brasileiras com atitudes elegantes.
Maria das Graças
Lina, esqueci-me de dizer que só a proibição aqui e ali criará ilhas de paz como a do carro zen do iDTGV.
Rosângela
Realmente eu me assustei com a relação dos parisienses com o celular. Se não estão falando, estão teclando e mandando mensagens e mais mensagens. O cúmulo foi quando, em um restaurante, as duas moças da mesa ao lado, de frente uma prá outra, não se olhavam porque ficavam o tempo todo conferindo e enviando mensagens. Não trocaram mais do que 5 palavras, jantaram, pagaram e se foram, com seus celulares ultra-modernos e sua socialização pré-histórica. No Brasil não sinto muito isso, talvez porque eu more no interior de São Paulo e não na capital. Também não utilizo frequentemente transporte coletivo, então não sei como isso funciona em ônibus e metros, mas pelo menos o “barulho” que ouço em bares e restaurantes é de conversa, de risada, e de música… esses não me incomodam nem um pouco. Abraço
Maria das Graças
Lina, na minha opinião estamos em um caminho sem volta. O celular virou muleta de muita gente. E celular com internet só veio piorar a situação de dependência. Tenho pena dos que não conseguem ficar sem ele nem na hora sublime da refeição. O celular fica sobre a mesa, ao lado dos talheres. A ansiedade faz com que a atenção se desvie do principal, o alimento, e fique ligada no sinal que anuncia uma nova mensagem. Mas outro dia desisti de tomar um café pois enquanto esperava ser servida uma cliente estava dando cabo de uma lista de telefonemas, falando como se estivesse na casa dela. Tive pena da atendente que tem que aguentar o dia inteiro.
Chris
Eu acho que o bom senso deve partir dos dois lados. Entendo o incomodo que as pessoas tem com a musica do celular, com quem fala alto enquanto fala no celular no vagão do metro. Mas os franceses se incomodam mesmo quando conversamos no metro com um amigo, rimos de algum comentario. Da até pra sentir o olhar fuzilante vindo do lado, e olha que nem é preciso falar alto pra isso acontecer! Daqui à pouco vai ser proibido falar no celular na rua e sera necessario criar espaços proprios para isso. Ok, esta no meio de uma conversa, peça licença pra atender o celular; ta numa reunião, desligue, coloque no silencioso e atenda se for uma urgência. O mesmo pra cinema, teatros, e lugares onde o silêncio é necessario, o que, convenhamos, não é o caso de um vagão de metro…
Adriana Pessoa
Lina,
é muito chato mesmo, ficar participando do papo ao lado. Eu detesto. E celular tocando em cinemas, teatros então…
Mesmo morando na França desde o princípio dos anos 80, vc continua com a maior qualidade do ser humano, em qualquer país do mundo: a generosidade…compartilhando conosco, todos os dias , suas pesquisas, suas dicas, suas orientações, suas delicadas e educadas respostas a qualquer pergunta que faça a você… sendo nossa guia na cidade que amamos.
Obrigada sempre, todos os dias.
LDMA
Enquanto isso no Brasil o sentido do COLETIVO vai para o lixo….
Será mesmo este um mal hábito dos franceses? Ou será que nós brasileiros ainda ñ entendemos que em locais públicos devemos respeitar à todos?
Ônibus onde os passageiros escutam funk no celular obrigando à todos estar numa espécie de inferno sonoro, além do inferno espacial pois ônibus lotado em horas de rush é algo “normal”.
Ninguém no Rio deixa o lado esquerdo da escada rolante (seja do Metrô ou mesmo de um shopping) disponível para quem tem pressa subir correndo.
É por essas e outras que o Brasil ainda tem muito o que aprender. Brasileiros mais felizes? Talvez Raul Seixas tenha dito de forma sublime: “é uma pena eu ñ ser burro, assim eu ñ sofria tanto”.
Lá, na França, o Governo dá o exemplo e cria boas campanhas para tornar o coletivo-público agradável…já no Brasil é só campanha de camisinha, sem gay e só no Carnaval!
ricardo caiana
pois na minha opniao vc esta adquirindo os habitos piores dos franceses. a chatice e a arrogancia. relaxe pois eles nao ganham nada com isso. foi-se o tempo de celular tocar no cinema, mas no brasil ele continuara tocando no metro e sempre. gostei da iniciativas dos vagoes especiais pois acho que quem se incomoda que deve se deslocar ou procurar os locais reservados, pois se nao ha proibicoes nao podemos julgar a necessidade de cada um que use seu telefone…
minhas viagens sempre servem pra constatar que apesar de todo e qualquer fator os brasileiros sao a melhor e mais feliz especie de ser humano! grande absssss sigo seu site todo dia.