A decoração efêmera da Vuitton Vendôme deu o que falar o ano passado.
Quando a loja da Louis Vuitton foi inaugurada dia 4 de outubro de 2017 na Place Vêndome, achamos a decoração da fachada deslumbrante e adequada ao local e à marca. As variáveis se conjugavam bem: Vuitton dos produtos exclusivos, fachada com o símbolo do Monarca responsável pelo esplendor de Versailles, praça símbolo do luxo francês.
Decoração efêmera da Vuitton Vendôme
Na ocasião me perguntei como a marca tinha conseguido instalar, na fachada de um prédio tombado, o imenso sol dourado com raios de metal em espiral. Por muito menos associações e responsáveis pelo patrimônio fazem barulho na mídia. Talvez a resposta se encontre em dois detalhes. O primeiro, um direito adquirido pois Vuitton retorna ao seu endereço histórico onde o jovem fundador da marca abriu, há 160 anos, sua loja. E, segundo, no fato de que o motivo sol faça parte da tradição iconográfica francesa e represente a realeza, a riqueza, a força.
Decoração efêmera. Vuitton Vendôme
Esta instalação majestosa deu mais um brilho à praça e entrou para a história. A obra, irresistivelmente fotogênica e assinada pela diretora de criação visual da Vuitton, foi fundo para trilhões de selfies dos passantes.
Vuitton se instalou em um conjunto composto por duas mansões construídas em 1714 por Jules Hardouin Mansart, o mesmo arquiteto que projetou o Castelo de Versailles. Os dois imóveis foram reunidos pelo arquiteto americano Peter Marino. Neste endereço o grupo LVMH mostra sua glória e seu prestígio. Foi de Versailles que o modo de vida luxuoso da corte francesa se espalhou para outras cortes europeias. É da Vendôme que Vuitton mostra seu poder e reforça a praça como epicentro do luxo contemporâneo.
Vuitton Vendôme
O sol da fachada foi efêmero. Vendôme retornou ao seu luxo discreto. Hoje, quando passo por lá, o procuro ainda. A obra era espetacular, um gesto megalomânico seguro. Quatro km de tubos dourados representando raios de um sol de seis metros de diâmetro, feito à mão. Maravilhosa obra de arte.
O jornal Le Monde publicou, recentemente, a profecia de Andy Warhol. Em 1975 ele dizia que todas as grandes lojas se tornariam museus e todos os museus grandes lojas.
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3 Comentários
Cristiane Pereira
Realmente essa fachada era maravilhosa e ficava ainda mais linda sob os efeitos do sol. Uma pena que foi retirada – mas bom saber que o respeito ao patrimônio continua prevalecendo. Ainda bem que fotografei bastante esse sol, no outono passado!!!
Débora
Eu tive o prazer de ver e fotografar esse sol esplêndido!! Pq ele foi retirado?
Rodrigo Lavalle
Débora, ele foi criado para ficar pouco tempo.