Durante um agradável jantar com amigas brasileiras, uma delas me contou que tinha sido vítima do golpe do anel.
Uns dias após este jantar, voltando da minha caminhada habitual nos Tuileries, presenciei na rue da la Paix uma tentativa do golpe do anel. Os golpistas são numerosos e bem estruturados.
Tudo se passa da seguinte forma. Quando você estiver caminhando, de repente uma jovem apanha no chão, na sua frente, um anel. Ela te oferece a jóia dizendo que pertence a uma religião que a proíbe o uso de adereços. Você agradece e recusa a oferta, ela insiste, explica que acabou de encontrar este anel no chão, o coloca na sua mão e vai embora. Uns minutos após ela volta e te explica que aquele dia é um dia de sorte para você e que ela gostaria que fosse um dia de sorte para ela também. Se você não a presenteia com alguns euros ela vai te pedir. Se der somente uns 3 ou 4 euros achando que com esta soma vai acabar com a história, ela vai te chamar de avarento e mesquinho.
Agora você já está avisado. Se alguém quiser te presentear com um anel, recuse, não dê conversa e apresse o passo.
A foto acima e o anel que a minha amiga ganhou no seu dia de sorte.
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136 Comentários
João
Estive em paris por esses dias e não vi em nenhum local por onde passei qualquer tentativa de golpe, seja do anel, seja qualquer outro. A cidade na parte turística é realmente tranquila, contando apenas com alguns ambulantes ou pedintes, mas nada que incomode em demasia a quem vive no Brasil. Apenas em montmartre um vendedor de uma loja alertou sobre a existência de carteiristas, mas não observei nenhuma situação suspeita no ambiente. São alertas de possibilidade e não de probabilidade. Inclusive no Louvre também existem orientações de cuidado com carteiristas. Assim, pode até acontecer algum incidente, mas pela minha experiência será algo incomum em Paris.
Henrique F Furtado
Só hoje foram três, e ainda são 11h.
Eu abro um sorrisão bem cara de pau e falo bem alto em português, imitando sotaque da roça: “êitcha… menina de sorte, hein? Vai ficar bunhitcha de anel.novo!”
Elas acham muita graça e desistem. Não oferecem perigo, basta não dar conversa.
Cuidado, também, com senhores italianos com cara de bonzinhos, pedindo informação.
Galera, basta ignorar e vazar.
Tiodia Rodrigues
Aconteceu comigo também, mas como eu já havia lido uma reportagem sobre isso, logo recusei e apertamos os passos, pois já era de tarde.
a pessoa queria uma coca cola pela aliança, ela entregou para minha esposa, e logo tomei a frente e devolvi. Foi o único susto em Paris.
Lilian Lopes
Comigo e com a minha mãe foram 2x no mesmo dia. O 1o foi ao lado do jardins das Tulherias. Já íamos dar a esmola independente da aliança, mas quando ela exigiu mais $ (€50) botei ela pra correr.
A 2a vez foi um senhor, na Pont des Arts. Coloquei a aliança no dedo e disse que era minha sim. Ele começou nos seguir, insistentemente, p/ pegar a aliança eu gritei POLÍCIA. Depois de muitas risadas fomos dar uma volta de bicicleta/táxi na beira do Sena e lá estava ele tentando aplicar o golpe num casal. Eu gritei tanto, para o casal, que era golpe, que mesmo se eles não soubessem o português pelo menos essa palavra eles aprenderam. Rsrsrs
Por fim, o golpista me mandou tanta ‘dedada’ por eu ter ficado com a aliança dele e por ter impedido o outro golpe… deve estar me xingando até hoje. Resumo: fiquei com as 2 alianças.
Elma da Penha Hortolani
Comigo foi assim: primeira vez que estive em Paris, com um amigo quase caí nesse golpe. Um cara colocou o anel na minha mão e foi indo embora, depois voltou, pediu dinheiro insistentemente na hora fiquei sem ação, quando percebi que era um golpe, joguei o anel sem cima dele.
Márcia Earp
Meu marido foi abordado duas (!) vezes no mesmo dia por pessoas diferentes em frente ao Museu D’Orsay, sentado na mureta do Sena. Ele disse que ia chamar a polícia e ambos foram embora, mas antes pediram dinheiro e o anel de volta.
Cristina
Meu companheiro utilizou a “deixa” do golpe para me pedir em casamento! Em uma rua com vista para o arco, dois caras tentaram aplicar o golpe pra gente enquanto estávamos sentados em um banco. Como meu companheiro é francês, ele já sabia e não caímos. Até rimos do segundo golpista, falando que cinco minutos antes já tinham tentado sem sucesso. Quando nos levantamos do banco, ele se abaixou, “fingiu” que pegou o anel de noivado e disse: “moça, a senhora deixou cair isto”. Vendo que entendi a surpresa, ele completou: “Quer casar comigo?”. Por isso quando me contam do golpe, sempre ganho um sorriso no rosto 🙂 Abraços para vocês e parabéns pelo blog!
Rodrigo Lavalle
Cristina, que lindo!
Abraços.
Cadu Leal
Fui abordado no D’Orsay rapidamente respondi em bom e fluente francês ” it’s not mine” e o cara foi embora.
Silvana Siqueira
aconteceu comigo ano passado em frente ao D’Orsay. Como já tinha lido aqui no conexão sobre esse fato, previnida, me saí bem
Paulo R. Filomeno
Ô Gestapo, numa travessinha ali do lado da Gare du Nord tem uma construção de 3 arcos sob um relógio. Lá tem um recadinho pra você ver o que se pensa em Paris sobre o seu apelido idiota (e sobre o comentário é melhor nem mencionar).