O artigo escrito por Nilza Freire a respeito do livro Próxima Estação Paris gerou discussão interessante. Fiz um pequeno resumo dos comentários dos leitores com dicas de livros sobre a França e a cultura francesa. Agradeço a todos a contribuição.
Comentário de LuciaC
. “Essência do Estilo” de Joan DeJean, autoridade americana em cultura francesa, especialidade séc XVII . Lendo a “Essência do Estilo” descobre-se o como e o porque. Não foi ao acaso que Paris tornou-se a capital do luxo. É um livro leve, que se devora na curiosidade.
. “Adeus aos Escargots” do jornalista americano Michel Steinberg. Disseca burocracia (gastronômica?) francesa, tirania Michelin e termina com um elogio a salada niçoise de Yves Camdeborde (Le Comptoir) devidamente brindada com seu querido “morgon”. Livro consumível em um fim de semana.
. “Une Histoire de Paris…” do inglês siderado na França: Graham Robb. Quinhentas páginas, estou estacionada na página 182 faz 3 meses!
. “Descorberta da França, uma jornada histórico-geografica da Revolução à Primeira Guerra Mundial” também de Graham Robb, onde conta sua experiência em kms, kms e mais kms de bicicleta pelo “hexagone”, prova que a França não é só Paris.
. “Saga de Angelique” de Anne e Serge Golon. Lia todos escondida, sem deixar vestígios. Cheguei a acreditar que Angelique havia mesmo existido, vivido na corte e tinha sido amante de Luis XIV, tamanha credibilidade aos fatos real. Acho que agora só se encontra para comprar nos sebos. A história do casal “Anne e Serge” – pseudônimos – já é uma aventura, por isso fiz questão de colocar o link para apresentá-los, caso ainda não conheçam: authologies.free.fr/golon.htm
. “Os Reis Malditos” Coleção imperdível! De Maurice Druon (Academia Francesa de Letras e um pouco de sangue brasileiro correndo nas veias)
Comentário de Heloisa Luz
. “Em Busca do Tempo Perdido” de Marcel Proust. Estou falando da adaptação deste clássico da literatura para quem deseja ingressar no universo do autor: três volumes, em quadrinhos, com narração do próprio Proust e diálogos originais ou adaptados. Fica a dica: Marcel Proust, Em Busca do Tempo Perdido, adaptação e desenhos de Stéphane Heuet, tradução e notas de André Telles. Jorge Zahar Editores.
Comentário de Eymard
. “Paris” de Colin Jones, li! Indispensável. Daqueles livros para voltar a ele sempre.
. “Proxima estação”. O passeio pelos séculos é quase despretensioso. Mas o que eu achei mais interessante foi poder “interagir” com o autor completando com visitas virtuais pelo google maps, street view. Eis uma grande ferramenta de interaçao entre leitura e mundo virtual (o livro nao indica nada disso; alias em próximas edições o autor poderia faze-lo com essa interaçao). Mas acabei localizando esse blog que ajuda a completar pesquisas para quem gosta. Dai a leitura fica ainda mais interessante: lesparisdelorantdeutsch.blogspot.com/
. “Casados com Paris”, de Paula Maclain. A “Historia de amor e traição do jovem casal Hemingway nos loucos anos 1920”. Achei interessante a idéia. É um romance. Mas a autora usou fontes historicas (personagens reais, historias reais). Vem bem a calhar com o filme Meia Noite em Paris. Mas nada posso dizer do livro pois não li. Apenas gostei da orelha, de algumas páginas que li na própria livraria.
Comentário de Joenilson
. “Revolução Francesa” do Max Gallo, excelente, permite o conhecimento em detalhes de como se deu a autofárgica revolução francesa e como a mesma mudou o mundo. Nos leva a conhecer uma Paris do século XVIII nada glamourosa mas que serviu para deixar a cidade como ela é hoje: bela e intelectual.
Comentário de Adriana Pessoa
. “Condessa de Barral/A paixão do Imperador”, de Mary del Priore. O livro trata de Luisa Margarida Portugal e Barros, a futura Condessa de Barral. Uma mulher a frente do seu tempo, que estudou e viveu em Paris. O livro traça um retrato da sociedade da época, com citações de lugares que frequentamos em Paris, principalmente a região das Tuilleries e a rue d’Anjou, onde era a residência de Luisa.
Comentário de Rogerio
. “Sleeping With the Enemy Coco Chanel’s secret war”, Hal Vaughan. A elegancia de Chanel a serviço de Hitler????????
Comentário de Eliana Barbosa
. “Os Franceses” traz uma abordagem mais pontual a respeito da arte, gastronomia, política, comportamento e lazer dos franceses, sem deixar de lado fatos históricos. Acho linda a capa com a foto preto e branco da menininha segurando a baguete! Recomendo.
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134 Comentários
eymard
Katya,
para prosseguir na lista tematica da Revoluçao Francesa, nao podemos esquecer de ANATOLE FRANCE em OS DEUSES TEM SEDE.
Um romance da pós revoluçao muito interessante. Vale a pena e nao pode faltar na biblioteca.
Ricardo Mavigno
Segue mais um interessante: “Paris: The Secret History”
http://www.amazon.com/Paris-Secret-History-Andrew-Hussey/dp/1596913231
Katya Leitzke
Maravilha de post!
Já viram o novo lançamento sobre o tema?
Chama-se ” A história secreta de Paris”, de Andrew Hussey. Ainda não comprei, mas me pareceu um pouco com o “Paris” do Colin Jones. Essa semana vem pra minha cômoda. Corram pras livrarias!
À lista dos livros sobre a Revolução Francesa, gostaria de acrescentar:
– Maria Antonieta, da excelente Antonia Fraiser: Desmistifica completamente o personagem da rainha vulgar, fútil e culpada de tudo.
– O terror, de David Andress: Muito bom, mas difícil de ser encontrado
– A Sombra da Guilhotina, da também conhecida Hilary Mantel: Sensacional. Mostra revolução através da visão de Robespierre, Danton, Camille Desmoulins e outras cabeças pensantes que fizeram a revolução.
Boa leitura a todos!
(o tempo pra bom pra isso!)
Daniela
Existe também Notre Dame de Paris, do Vítor Hugo! Só imaginar…. Vítor hugo, place des Vosges…..e um outro q não sei se já saiu em português, chamado Americans in Paris! O primeiro dispensa comentários, e o segundo trata da chegado dos americanos em Paris, pós primeira guerra mundial!
eymard
Ja trocamos tantas figurinhas de livros sobre Paris por aqui! Agora, por exemplo, começo a ler o mais recente do Umberto Eco, que também esta ambientado em Paris: “O cemitério de Praga”.
Outro que sempre recordo com alegria é Bouvard e Pecuchet de Flaubert. Nada a ver com Mme Bovary. Um livro que deve ser lido. Mais atual do que nunca em tempos de google! (rs)
Isadora Cysne
Bacana! Tudo que fala de Paris é sempre uma delicia!
Já fizemos por aqui uma lista parecida com esta no seu post sobre a Shakespeare anda Company, muito legal também!
Alzira
Lina e companheiros francófilos
Maravilhoso este post, pura cultura. Como ainda não li aqui, a minha indicação é o livro “Os Anos Loucos”, de william wiser que acabei de ler. Ele relata o período em que escritors,pintores, músiscos e bailarinos convergiram em bloco, num momento único da historia para a cidade estimulante e irreverente. Voce passa a conhecer mais intimamente o que foi a vida dos grandes artistas da belle époque.
Jane Curiosa
Jacqueline!!
Tsc,tsc! Você está com DPP! Depressão Pós…(que parto,prr nenhuma!)Paris.Na verdade a chamam de Depressão Pós Viagem,no seu caso agravada por ser de Paris a sua imensa saudade…
Jacqueline
Lucia C
Li toda a série de Angélique. Li e reli. E comprei os filmes que vi, revi e revi centenas de vezes. O mais interessante é terem os livros sido escritos por um casal, praticamente a quatro mãos, e de forma que não se consegue perceber diferença entre um estilo e outro. Maravilhosos. Sendo um trabalho de pesquisa exaustivo e preciso. Ao visitar Versalhes e o Louvre me parecia ver os personagens vivos, andando pelos corredores, urdindo suas intrigas. Talvez tudo por ter Angélique entrado no meu universo no início da minha adolescência, quando os sonhos e as fantasias são mais exaltados. Desde então essa saga tem enfeitado meus dias.
Outro fato curioso é que a personagem projetou Michelle Mercier para o mundo, mas ao mesmo tempo apagou-a como atriz. Nunca mais Michelle conseguiu livrar-se de Angélique. E uma pena que não tenha querido continuar a série que ficou com apenas cinco filmes.
Jacqueline
Jane Curiosa
Essa frase me fez chorar.Poucas pessoas conseguem entender por que quero voltar a Paris e ficar um tempo mais longo. Essas criaturas
não sabem o que dizem. Meu marido antes da viagem, dizia: “Vai. Pode ser que assim tu pares com essa mania”. Agora não diz mais. Só sorri e sacode a cabeça. Desistiu. Uma amiga, que me acompanharia na viagem, não foi, pois disse que era tempo demais no mesmo lugar. Eu acho que uma vida não é suficiente para Paris. Pode ser que na próxima encarnação o bom Deus me mande francesa. Aí eu viajarei de vez em quando para o Brasil e ficarei feliz com isso. Mas viajar de vez em quando para Paris dói.