Perguntei para o Edu, do blog Da Cachaça para o Vinho, como ele organiza uma viagem.
Aqui está a sua resposta:
Eu tenho uma mania. Quando gosto de algum lugar, vou atrás de informações,
pergunto pra quem já foi e, principalmente, compro guias.
E quando é que eu começo a gostar de algum lugar?
Normalmente pela gastronomia, costumes, livros, revistas, jornais, filmes,
geografia, língua, enfim, todo um conjunto que te “obrigará” ir até lá.
O próximo passo é verificar se aquele destino é um dos que precisam de
agência ou se é um daqueles em que você mesmo monta a sua viagem.
A pesquisa é feita do mesmo jeito que a atração. Santo Google (pesquisa e
maps), tripadvisor, blogs, sites, guias, enfim, tudo o que pode te deixar
informado e fascinado pelo lugar.
Eu penso da seguinte maneira: não será possível fazer tudo o que eu
descobri nem se eu ficar um ano no destino. Mas certamente, sabendo quase
tudo sobre ele, poderei escolher onde ir e melhor, não terei “aquele”
arrependimento de não ter conhecido um lugar que era muito próximo de onde
estávamos!
Tenho certeza que o melhor momento de toda a viagem é o período do
planejamento. É aí que você se permite sonhar, pesquisar absolutamente tudo
e até verificar como é aquele hotel com diárias de U$ 2000 !! Normalmente,
levo quase um mês fazendo esta pesquisa. E daí pra frente, começo realmente
a materializar a viagem.
Se for através de agências, pesquiso o preço em algumas delas
especificando o hotel ou, no mínimo, a região que quero ficar.
Se formos fechar tudo, me informo o máximo possível sobre cada um dos
objetivos (hotéis, carro, etc) e peço pra nossa “Central de Reservas Aéreas”
(a Dé! minha esposa,rs) os dados do voo que ela conseguiu.
Aí, inicio tudo pelos hotéis e logo em seguida o aluguel do carro (quando
necessário). Fecho tudo pela internet.
Com tudo confirmado, passo pros passeios imperdíveis, restaurantes e
aqueles em que você tropeçou pelo caminho (jogos, shows, comemorações,
etc). Na maioria dos casos, também reservo com antecedência.
Eis algumas coisas obrigatórias (aqui em casa) em qualquer planejamento de
viagem:
1 – Conseguir antecipadamente early check-in e late check-out pra
garantir que tanto ao chegar quanto ao sair você não tenha que esperar ou
deixar o quarto muito cedo, respectivamente. Quando não consigo, pago uma
diária a mais, especialmente no dia do check-out.
2 – Existe uma lei por aqui que não pode ser transgredida: o hotel tem que
ser bom. A Dé sempre me diz que eu “posso levá-la em qualquer lugar desde
que o hotel seja um espetáculo!”
3 – Pelo menos um hotel do tour tem que ser maravilhoso. Não compartilho
da idéia de alguns de que hotel só serve pra dormir. Pelo contrário, acho
que a qualidade do hotel acrescenta muito numa viagem. Esta regra serve pra
restaurantes também.
4 – Concentrar todos os gastos em cartão de crédito. Isto significa mais
milhas e portanto, mais viagens.
5 – Se for alugar um carro, ouse um pouco e não alugue o mais barato.
Afinal de contas numa viagem bacana o seu carro será quase que o seu hotel. E dependendo do valor e da duração, você
pode fazer um belo teste drive.
Ah! É claro que ele tem que ter um GPS. No mínimo você irá se divertir
muito com a voz portuguesa (escolha esta opção) que lhe indicará quase
constantemente: vire a segunda na rotunda!!
6 – Assistir a algum evento. Seja um show, um jogo, uma comemoração.
Você, no mínimo, aprenderá coisas muito interessantes sobre o país em
questão. Se possível, encaixar a viagem num feriado nacional ou melhor,
numa data cívica. Não será um dia perdido, pelo contrário.
7 – Fazer, obrigatoriamente, uma visita à mercados municipais ou feiras
livres. É barato e interessantíssimo.
Foto 1902
8 – Usar, na medida do possível, o transporte público, especialmente o
metrô.
9 – Caso seja oferecido um voo com conexão, escolha uma cidade que lhe
interesse e fique pelo menos umas duas noites nela (normalmente ficamos na
volta) . Se gostar, você ganhará mais um destino. Isto aconteceu conosco
com Chicago. E além do mais, se livra do stress do temido atraso das cias
aéreas.
10 – Gaste o que reservou no planejamento. Se não gastar é porque alguma
coisa não funcionou. Se bem que o normal é gastar bem a mais, né não?
Além disso, procuro seguir o lema do guru Ricardo Freire: Viajar é uma
grande refeição, ir a um restaurante é uma pequena viagem. Vamos sempre e
antecipadamente a lugares com a gastronomia do lugar. Você vai se
familiarizando e viajando antes da viagem.
Boas viagens (planejadas) pra todos.
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108 Comentários
Tati Navarro
Adoro planejar tudo sobre a viagem, até as partes que serão “sem roteiro e planejamento” é bom saber o que os nativos do destino escolhido fazem e se sentir um pouco de casa. Não sou muito fã de passeios turisticos, gosto muito mais de andar pelas ruelas e conhecer mercadinhos tipicos e cafés que geralmente não estão nos guias turisticos. E
Vivian Campanelli
Sou VICIADA em planejamento de viagens…
As vezes nem tenho tempo e/ou dinheiro para viajar, mas planejo mesmo assim… Escolho um destino, assim como o Edu, e viajo nele.
Adorei as dicas!
Beijos
Wander
planejo muito com meses de antecendência usando guias, muito a internet, blogs de viagem, Google, e visitando os sites dos hoteis. Gosto de entender a região e as cidades que irei visitar. Não gostamos de fazer varios paises ou cidades de paises diferentes, gostamos de explorar uma determinada região ou cidades de um mesmo pais. Os deslocamentos devem ser logicos em sequencias, não gostamos de conexões ou roteiros complicados. Reservamos pela internet, principalmente museus, para evitar filas, mas também deixamos espaço para improvisos na hora. Viajamos em ritmo “slow-travel” ; não nos afobamos e vemos o que dá pra ser visto, sem culpas de não ter visto tudo. Leio as resenhas e reservo os hoteis pelos sites especializados. Gosto de hoteis confortáveis e a localização é muito importante, conforme cada objetivo daquela viagem. Enfim a maioria das citações do texto do Edu é o que fazemos com algums variações, é claro.
Alexandre
As primeiras fotos são dos glaciares da Patagônia?
A Patagônia foi minha primeira viagem solo – planejada, paga, sem conhecer ninguém, sem dominar o idioma. Aprendi muito nesta viagem e recomendo fazer pelo menos uma viagem sozinho na vida.
Em uma cidade estrangeira, gosto muito de ir ao supermercado e visitar o centro num dia útil, só para ver como a cidade funciona, a rotina das pessoas e os costumes.
Sueli OVB
O EDU arrasou mesmo!!!!!!!!!!!! Se me permitem, queria um Edu, ou um Hans aqui em casa, porque o “com sorte” daqui encontra tudo prontinho e mastigado e ainda tem a audácia de dizer que eu nem precisava ir pessoalmente ao lugar, pois já esmiucei tanto que conheço tudo. Esse é o abusado!
Relamente planejar é a alma do negócio e isso deve ser feito nos mínimos detalhes, seguindo as preferências e as prioridades pessoais. Não dá para simplesmente embarcar numa canoa furada. Até mesmo os pacotes, como diz o Edu, devem ser analisados, discutidos e transgredidos. Quando você sabe para onde está indo e o que vai encontrar, um mínimo de planejamento já o tira das furadas, que normalmente estão incluídas nos pacotes e que há muito já deixou de ser solução para minhas viagens. Com os pacotes, normalmente, você fica restrito a horários de voo não muito flexíveis – e eles costumam ser os piores possível -; recebe seus vouchers praticamente na véspera da viagem (já recebi na fila do chic-in); os hotéis que eles indicam, ou ficam com o grupo, nem sempre são as melhores escolhas – isso nós temos visto por aqui, nos exemplos dados pelas pessoas que compram pacotes em Paris -; fica preso a horários e ainda corre o risco de perder tudo, caso haja um problema de última hora. Hoje, só optaria por um pacote se fosse para um lugar muito excêntrico, onde eu tivesse toda sorte de dificuldade. Mas até isso podemos resolver com guias locais que falam a nossa língua.
Penso que depois de tudo o que o Edu e a Adriana falaram não resta muita divagação. Até porque, cada viagem é uma viagem e cada viajante um viajante. O que está muito bom para mim, pode estar péssimo para o outro e vice versa. Há quem viaje sem o menor critério e acha que fez a melhor viagem do mundo. Muita informação também nos deixa, muitas vezes, com uma enorme sensação de “não fiz nada”. E isso gera muita frustração.
eymard
Eduardo Luz, planejamento perfeito! Mesmo para os lugares onde ja fui algumas vezes, cada viagem é uma nova viagem e exige um planejamento proprio. Tambem nao sou germanico, mas faço como o Hans, tudo com muita antecedencia. Ja vou viajando meses antes. E aqui concordamos em absoluto com voce. Nao acho que hotel seja um lugarzinho para dormir. Hotel tem que ser um lugar legal; que voce volta com prazer. So tive uma desagradavel surpresa, ate hoje, com uma escolha errada. Tudo resolvido no dia seguinte. Pegamos as malas e literalmente saimos com ela pela rua ate a rua ao lado onde nos hospedamos num excelente hotel.
Voce lembrou bem dos programas de milhagem. E, como acompanhamos a sua mais recente viagem para Paris, na no seu excelente blog, pudemos observar que voce reserva lugar para o acaso (ou seja, nao é tao compulsivo como parece – risos!) e para o slow travel. A gente aprende muito com quem gosta de viajar como voces. E, aliando viagem com boa mesa, nao tem erro. A mesa tambem revela muito de um pais, de seus costumes e de sua historia.
Ah, so mais uma provocaçao: vi que voces nao tem qualquer problema com tenis branco….(risos)
Adriana Pessoa
Concordo plenamente que o planejamento de uma viagem é tão gostoso quanto a viagem em si… Na minha família,eu planejo tudinho, coisa que demoro meses para fazer, num trabalho minucioso.
Para alugar uma casa na Toscana em umas férias, demorei na escolha da casa mais de um mês, entre vai e volta de e-mails. Até a rota a seguir, e como sair do aeroporto de Milão de carro, eu entreguei prontinho ao meu marido, com a ajuda do Google Earth.
Não ouve erro, quando chegamos já sabíamos de tudo, onde eram os restaurantes, onde eram os mercadinhos…isso sem contar a pesquisa histórica, minha parte preferida.
Até meu filho, que na época tinha 10 anos, chegou afinado historicamente.
Acho fundamental compreender a região do mundo onde você está: isso inclui a história do lugar, seu povo,gastronomia, costumes, entre outas coisas.
Helena Bäuerlein
Nossa Edu ! Arrasou.
Que beleza de planejamento. O Hans , meu marido ama as preliminares das viagens. Ele, como vc, le tudo sobre nosso destino, história, clima, arredores, TUUUUUDO.
E mesmo qdo ele não vai, ele prepara um calhamaço de informaçoes sobre as cidades a serem visitadas( ele tem mapas de cidades que nunca visitou) e nos entrega. Pensei que fosse coisa de alemão.
Ah! Ele tb planeja a viagem com um ano de antecedência. Me poupe !
Vc tem um pé na Germania ?
Bjk para vc e Dé.
Bete s
Bom dia Maria das Graças, talvez seja sim problema no seu PC, acabei de ler e entendi bem, que dica perfeita, é sempre bom planejar bem as viagens, para não se arrepender depois. boa semana a todos. Bete
Maria das Graças
Cara Lina e companheiros do blog, não sei porque o post acima está com muitos campos em branco e por isso eu não consigo entender o texto. Será problema do meu PC?