Como escolher corretamente seu hotel em Paris? A escolha dependerá do momento de cada um, do objetivo da viagem e das características de cada viajante.
Uma amiga me disse: “Na próxima viagem vou escolher um hotel que ofereça café da manhã, almoço e jantar. Estou cansada e sonhando com uma semana sem decidir nada. Somente far-niente, sol, praia e siesta.”
Tempos depois meu neto comentou: “O pai do meu amigo é aquele tipo de turista que escolhe um hotel que tenha tudo”. E eu pensei: “Para que atravessar o Atlântico se é para ficar fechado dentro de um hotel?”
A partir desses dois comentários chegamos à conclusão que a questão da escolha do hotel não é simples. Ela depende do momento de cada um, do objetivo da viagem, das características de cada viajante.
Por que viajamos?
Para conhecer paisagens diferentes; para ficarmos dentro de um hotel com os “dedinhos do pé em leque”, como dizem os franceses; para encontrarmos pessoas; para descobrirmos outras culturas; para conhecermos um museu.
As razões são inúmeras. Para cada uma delas a escolha do hotel é a variável mais importantes para o sucesso da viagem.
Reservar um hotel representa muito mais do que reservar o quarto mais barato, ou mais bem decorado ou o mais central.
Reservar corretamente um hotel é levar em consideração várias variáveis e encontrar o melhor ajuste entre elas.
Perguntei à uma outra amiga brasileira, grande conhecedora de Paris: se um dia você se mudar para cá onde gostaria de morar? “Quartier Latin ou Saint Germain“, respondeu sem nenhuma hesitação.
Estranhei porque ela sempre se hospeda no Marais. “Para morar, Lina! Quando venho como turista e, se estou sozinha como agora, fico no Marais porque é um bairro jovem e dinâmico. Onde encontro facilmente um bar para um drink, um restaurante aberto o dia todo. Onde posso flanar até tarde da noite e voltar para o hotel sem me sentir inquieta.”
O hotel ideal
O hotel ideal para viajante solitário provavelmente não será o mesmo para viagem com pais e avós.
O viajante solitário escolherá um albergue, um B&B ou hotel em bairro animado.
O viajante com crianças será mais confortável em hotéis com terceira cama, quartos conjugados e máquina para lavar/secar roupas à disposição.
Para os viajantes em lua de mel, o hotel deverá ser charmoso e romântico.
Para aqueles que precisam descansar o gênero resort é ideal; ou então hotel com excelente restaurante, spa, bar, piscina e chaise longue.
Se o viajante deseja conhecer a cidade, seus monumentos, seus museus, quanto mais central o hotel, melhor. Quanto mais perto da área histórica mais fácil será a locomoção e a organização dos roteiros.
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DICA: Uma maneira fácil de saber se o hotel está na área central é verificar o endereço exato. Se o CEP do hotel for de 75001 até 75008, tudo bem. Estes CEPs representam os bairros históricos e centrais. Estude o mapa da cidade. O centro de Paris é o Sena, mais precisamente a Notre Dame. Clique aqui e aqui e leia nossos artigos que falam sobre os bairros e regiões de Paris.
Boa viagem!
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11 Comentários
Roberto Moretti
Olá Nívea.
Agradeço pelas suas considerações sobre a minha”ácido queixa” sobre a hotelaria parisiense.
Gostei do seu comentário e notei que és uma pessoa que se importa com qualidade.
Gostaria, se possível, que me informasse qual hotel de Paris correspondeu às suas expectativas.
Merci en avence.
Bob
Soraia
Para a dica de alguém que viaja com criança, é a de que geralmente os hotéis colocam uma cama “rollaway bed” ao lado da cama ,em quartos double, de tamanhos queen ou king ; há também os quartos Twins , com camas separadas, os quartos triplos, enfim..
Isto existe, praticamente, na maioria dos hotéis em Paris.
Essas camas suplementares , em muitos hotéis, são bastante confortáveis , até.
Quando viajo em família, geralmente deixo que os familiares escolham em qual cama preferem dormir . Assim, posso dizer, pessoalmente, que quando durmo nessas camas, tenho “heavenly bed dreams” ..
Nívia
Há um pouco de exagero e muito de perspectiva individual , a partir de experiências pessoais do Sr.Roberto Moretti.
Uma hospedagem na cidade ,que preencha todos os requisitos de conforto não pode deixar de ser cara para os padrões brasileiros e quanto à desvalorização do real frente ao euro.
Se vc se hospedou em um determinado hotel , cuja qualidade da hospedagem atendeu aos seus critérios, volte sempre a ele, quando estiver na cidade.
Há muitas espeluncas , mas há também hotéis em cuja cama, vc se deita desfrutando um conforto extra. …
No meu caso, sou muito exigente e não negligencio nunca uma noite bem dormida e restautandora, minha permanência no hotel, seja no espaço de uma noite, no café da manhã, numa espera num lobby, numa refeição noturna , utilizando o serviço de quarto, o famoso turndown noturno, em que alguém desfaz sua cama e a põe exatamente na forma do seu primeiro movimento ao se deitar, até a dobra do lençol , que desfaz a cama arrumada…esses mimos não têm preço.
Para mim, não há nada que mereça menos crédito do que a afirmação de que “hotel só serve para dormir”, ” um quarto passar a noite”, que “não viajamos para ficar dentro do hotel”..
Quem diz isso, nada sabe realmente sobre o assunto.
Rodrigo Lavalle
Nívia, concordamos com você. Nas poucas ocasiões em que nos hospedamos em um hotel não tão bom e confortável, depois de um dia inteiro de passeio dava um certo desânimo ao pensar em voltar para o hotel que não era tão acolhedor.
Roberto Moretti
Olá Pessoal
Sou leitor assíduo da Conexão Paris. Permitam-me tecer alguns comentários sobre a hotelaria de Paris já que nesta edição esse assunto é contemplado.
Sou brasileiro, moro em São Paulo e vou a Paris, pelo menos, 2 vezes ao ano. Faço isso desde jovem, mesmo quando dispunha dos minguados dias de férias anuais.
O que me motiva a enviar esse comentário é um alerta. Não se choquem com ele. Quero dizer que a hotelaria de Paris é um caso de calamidade pública. São desconfortáveis, sujos, muitos sujos e praticam preços absurdos.
Ninguém tem coragem de dizer isso. Pensam que assim fazendo estariam praticando uma heresia. Atirando pedras na cruz!
Eu já me hospedei em tudo quanto é tipo de hotel nessa cidade. Daqueles sem qualquer estrela aos de luxo. Logicamente que não me refiro ao Ritz, ao Shangrilá, ao Georges V entre poucos considerados “hotéis palacios” mas que, pelo preço, se destinam às cabeças coroadas.
Quando jovem, sempre com pouco dinheiro, me hospedava em qualquer muquifo atrás de L’Opéra, Blanche, Gare Saint Lazare e assim por diante.
Com o tempo, a coisa muda de lugar. A saudosa Elis Regina, dizia ou cantava que, depois dos trinta, “o amor tem de ser no macio”.
Desta mesma forma, eu, depois dos trinta passei a procurar locais de mínimo conforto.
Hotéis de 1 a 3 estrelas, se você se respeitar e prezar o seu corpo, esqueça-os. Não há romantismo que suporte um colchão cheio de manchas. Carpetes rotos com placas de gordura, cortinas fanadas, elevadores sempre avariados, concierges de nacionalidades duvidosas que te olham com ódio, café da manhã miserável, banheira encardida e ferragens emperradas de ferrugem, cortina de plástico mofada, quartos separados por tabiques onde se ouve a respiração do infeliz que se hospeda ao lado (fazendo amor ou roncando pesadelo) , amenities que ao usá-las nos dão coceira, toalhas rasgadas e lençóis puídos. Tudo cheirando a um misto de desinfetante barato, vinagre e mofo.
Exagerei? Creio que não.
Para fugir disso, perdemos o amor ao dinheiro e vamos a procura os tais 4 estrelas, sempre perto dos 220 Euros a diária, sem café da manhã.
Ledo engano. Melhoram muito pouco. Todas as mazelas acima são um tantinho atenuadas, mas não chegam aos pés do conforto das nossas casas.
Sempre ouço a turma mais desencanada bradar: – Mas para que tanta frescura, se em Paris, não ficamos no quarto a não ser para dormir? Eu respondo que, ficamos sim? É no quarto do hotel que pretendemos dormir numa cama limpa e confortável. Descansar antes de um banho quentinho e asseado. Num local silencioso, confortável. Num quarto de hotel que, depois de um dia intenso de passeio por essa encantadora cidade, nos abrace e nos faça sonhar com o que acabamos de ver e sentir.
São pouquíssimos os tais quartos românticos do Quartier Latin, do Marais que realmente decentes são. Não há romantismo que aguente chiados de ratos e visitas inesperadas de pulgas e baratas. O amor se transforma em pesadelo.
Que fazer então? Se você é jovem e com pouco dinheiro não há o que fazer, tem de aproveitar a disponibilidade e a energia que lhe é peculiar. Afinal você está em Paris. Nessa fase da vida, nos contentamos em tomar sorvete na Berthillon, pôr os pés nos bassins das Tuileries, comer cachorro quente debaixo da Torre Eiffel , caso contrário vá fazer compras em Miami.
Se tiver um mínimo de exigência e espeito ao seu próprio corpo, deve-se preparar uma pesquisa exaustiva na Internet, Guias e a opinião de gente como você – principalmente aquelas que tenham coragem de dizer a verdade.
As fotos que a hotelaria geralmente posta na Internet, são maquiadas, tiradas de ângulos generosos, de épocas remotas e que vendem gato por lebre. Como a cidade tem um turismo colossal, os hotéis se deterioram facilmente. É raro estabelecerem uma rotina de restauração continua.
Então o que fazer?
Pesquisar muito. Estar disposto a gastar. Ter sorte!
Mesmo assim, Paris compensa, e muito!
Termino frisando o que no começo falei. Cuidado! Muito cuidado com a hotelaria para que sua viagem não se transforme na ida de Dante ao Inferno.
Bon Voyage
Sandra Freire
Estive sozinha em Paris em junho e fiquei em Saint Germain na rua Bonaparte e foi a melhor localização que já estive em Paris. Andei muito a pé para varios pontos turísticos, lojas e restaurantes com segurança .
Angela Cunha Melo
Olá!
Vcs fizeram um artigo, no início do ano, sobre a inauguração de um centro gastronômico, em Paris. Um lugar com vários restaurantes. Não lembro o nome, nem o endereço certo. Haveria possibilidade de me passarem o link, para que eu pudesse acessar? Se vcs localizarem, me envie por e-mail , por favor.
Agradeço muito.
Abraços
Rodrigo Lavalle
Angela, voltamos nos artigos do ínicio do ano e não localizamos nenhum artigo que trate desse assunto. Será que você se refere à Lafayette Gourmet?
Eduardo O.Bertolucci
Fico sempre em Saint Germain de Pres, a partir daí via Metro me desloco facilmente por
toda Paris.
Maria Helena Maymone
Parece que vocês adivinharam minha dificuldade em escolher um hotel com quarto para 3 pessoas, estou indo a Paria em outubro cumprindo uma promessa de levar a neta quando completasse 12 anos, vamos eu minha filha e a neta e já olhei vários hotéis e continuo com dúvidas, priorizo uma boa localização para fácil locomoção, mas não é fácil achar a acomodação ideal. Obrigada pelo post, sou fã de carteirinha do blog e de vocês que nos ajudam tanto.
Rodrigo Lavalle
Maria Helena, obrigado pelos elogios e por nos acompanhar! Temos um artigo com dicas de hotéis com quartos para 3 e 4 pessoas, clique aqui para ler.