As canções marcam nossa trajetória individual e o momento histórico vivido.
Este é o tema de um livro que acaba de ser publicado na França: Ces chansons qui font l’histoire( As canções que fizeram a história) de Bertrand Dicale.
Estas canções ilustram um estado de espírito, um momento político preciso, uma mudança social. Se transformam em símbolo de repressões ou representam momentos de liberdade.
Algumas canções do século XX marcaram todos nós e não somente os franceses. Estiveram ligadas a momentos políticos ou sociais que tiveram ampla repercussão.
Hasta Siempre e a revolução cubana, No woman no cry e o movimento rastafari, Je t’aime moi non plus e a liberação sexual francesa.
Cálice, de Chico Buarque de Holanda, estaria presente em um livro intitulado “As canções que contam a história do Brasil”.
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31 Comentários
Beth
Para os saudosistas, aí vaí um clássico do Serge Gainsbourg e Jane Birkin…”Jane B” – 1969
http://www.youtube.com/watch?v=bbUUwJxpW88&feature=player_embedded
Madá
Muito boa essa indicação Lina.
Assim como nos comentários da Valeria, José Maurício, Eymard, Sueli, e LuciaC também acho muito legal essa ideia de trilha sonora pessoal ou de uma geração.
Havia um programa bem interessante no GNT que mostrava a trilha sonora de um artista conhecido, só que feita, como surpresa, por seus amigos e familiares.
Nessa linha tem um livro muito bom do Nick Hornby (sou fã dele) que se chama 31 Canções. Lá, ele fala de músicas, não necessariamente famosas, que tiveram um papel importante na vida dele. Apesar de eu não conhecer metade das músicas, algumas são bem locais à Inglaterra, a gente acaba por se lembrar de uma música equivalente para o tema que ele escolheu.
A nossa MPB então daria um livro bem legal. Enquanto lia a lista da Sueli OVB, viajava em lembranças muito boas, como a citação à compositora Sueli Costa, que há muito não ouço falar.
LuciaC revi há poucos dias o Le Bal na rede Telecine. Muito bom mesmo.
Mel
Vi que seu excelente site está no Blogroll do Blog Aquela Passagem e então resolvi solicitar que dê sua opinião sobre esse post:
http://www.aquelapassagem.com.br/lobo-em-pele-de-cordeiro-sobe-na-vida-apoiando-se-sobre-o-trabalho-dos-outros-e-fazendo-se-passar-por-expert-do-que-nao-consome-ou-domina-profundamente/
Não sou dona de blog, mas se eu tivesse no lugar do Rodrigo, eu realmente também estaria muito chateada. Plágio existe, mas tem limite. Estou tentando ajudá-lo, pois por muitas vezes fui ajudada com suas ótimas dicas. Agora não posso deixar que um blog desse nível deixe de existir por falta de ajuda dos seus leitores.
Se vc puder, por favor, se posicione e vamos levar essa matéria adiante!
Obrigada.
conexaoparis
Mel
Obrigada.
Já publiquei.
Sueli OVB
José Maurício disse tudo, cada um de nós tem a sua trilha sonora pessoal, mas, como Lina bem colocou, há canções que fazem história e as músicas de protesto deixaram sua marca em todas as nacionalidades.
Quem de nós, com mais de 50, não tem na sua trilha sonora as músicas de Chico, Caetano, Raul Seixas, Taiguara, Gil, Vinícius, Tom Jobim, Sueli Costa, Edu Lobo, Geraldo Vandré, Rita Lee, isso só para falar de alguns brasileiros ?
Quem não foi envolvido pelos maravilhosos festivais de música da Record, pelos festiais de música de San Remo, pela Jovem Guarda, pelos Beatles e os Rolling Stones?
Quem, da nossa geração, nunca entoou o “caminhando e cantando e seguindo a canção”?
Eu não tinha idade para ser subversiva na época da ditadura. Passei por ela meio que à margem, embora suas músicas sempre me encantassem.
O livro deve estar uma beleza!
LINA, o nome da música do Chico e Gil é simplesmente “Cálice”, onde eles utilizam da ambiguidade da nossa lingua para chamar o povo daquela época para lutarem contra a repressão.
(Pai, afasta de mim esse cálice)
Ou seja, afasta de mim o silêncio do povo, o medo contra a ditadura que as pessoas tinham.
E viva a música! Não sei o que seria do nosso mundo sem ela.
LuciaC
Mas que delícia de livro, Lina!
Vocês lembram do filme dirigido por Ettore Scolla, Le Bal?
Fala da sociedade francesa dos anos 30 até os 80 atraves da moda no vestir, jeitos, trejeitos e da trilha sonora. O fundamental, a música e
com ela um pout pouri de “informações antropológicas”.
Tem de tudo em rítimo das musicas romanticas francesas, tango, jazz, rock’n roll, discoteca e tem até Ary Barroso.!
O que é interessante é que as músicas se fazem personagenes além das pessoas. Gostaria muito de rever.
Viviane
Para mim não existe música que me emocione mais (no aspecto romântico) do que: F. Comme Femme de Salvatore Adamo.
Ainda não tenho 30 mas meu pai já ouvia essa musica.
Aumenta mais minha paixão por Paris.
Jose Mauricio
Eymard: Chico Buarque, ou “Julinho da Adelaide”, seu pseudônimo para driblar a censura, é autor de vários sucessos da minha trilha sonora. Nos anos 70 eu era cabeludo, barbudo e perigosamente subversivo…Chico, Caetano, Gil, Milton, Vinícius&Toquinho, estavam todos lá!!!
eymard
Lina, Valeria V e Jose Mauricio disseram tudo: cada um tem sua trilha sonora, mas algumas musicas conseguem ampliar a singularidade e alcançam uma geraçao; um momento; um contexto e marcam em definitivo a historia. Para ficar em Chico Buarqu, no contexto iniciado por Lina, e podendo citar muitas outras, lembro do “Vai passar”, fechando um outro ciclo da nossa historia.
Jose Mauricio
Você tem razão, Lina. Acho que todos nós temos nossa própria “trilha sonora”, relacionada a momentos importantes da vida. Mas existem canções que pertencem à maioria dessas “trilhas”, devido ao contexto da época.
Valéria V.
Oi Lina!
Que livro interessante, boa dica!
No site do amazon.fr tem… que bom!
Cada momento tem sempre uma músiquinha como trilha sonora e elas são lembranças mais fortes, até mais que o momento, pois quando a escutamos muito tempo depois nos reportamos para o passado mesmo quando não lembramos mais daquele episódio. Este livro deve ser catártico…