A brasserie Lipp não é só uma brasserie parisiense, ela é o símbolo do savoir vivre francês. Ela faz parte daqueles endereços incontornáveis de Saint Germain.
Fachada na Brasserie Lipp, no Blv. Saint Germain. Foto de Wally Gobetz
Inaugurada em 1880, ela não mudou quase nada. Mesmo o cardápio é praticamente o mesmo, reunindo todos os pratos da cozinha tradicional e popular. Hareng, choucroute, pé de porco, haddock, mille feuilles, mousse au chocolat.
O tradicional cardápio da brasserie. Foto de Bolshakov, no Flickr
Os anos passam e gerações de deputados, de escritores e de artistas se sucedem. Ainda há pouco, o terno ainda era obrigatório. Até hoje não se serve coca-cola. É proibido o uso de celulares. O serviço é feito só por garçons pois desde 1880 é proibido empregar mulheres (sim, isso mesmo!). Os clientes de longa data ganham uma mesa reservada só para eles. Não se pede esta regalia. A casa é que decide.
O interior da brasserie. Foto de Pilar Echezarreta
Bom, por tudo isto todos adoram o Lipp. É desses lugares obrigatórios para você conhecer um pouco mais da cultura e da história francesa.
Para mais informações sobre preços e reservas: www.brasserie-lipp.fr
151 boulevard Saint Germain 75006 Paris
foto créditos: www.theflews.com
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31 Comentários
Eliane Del Bosco
Já fui algumas vezes.Vale a pena.A comida e muito boa.
Fatima
Bacana o post, mas vale uma revisão. “Mesmo o cardápio é praticamente o mesmo”, “Ainda há pouco, o terno ainda era obrigatório”. O blog mais cuidadoso.
Rodrigo Lavalle
Fátima, obrigado pelas correções.
Abraços.
Sara
Olá!
Adorei o post. Estou indo a Paris agora em Julho e gostaria de jantar na Lipp. Porém, confesso que fiquei um pouco assustada com uma menina que comentou aqui que foi horrível, que foi destratada por ser jovem, etc. Será que isso é recorrente ou foi azar? Rs. Tenho que ir bem vestida-cara-de-mais velha pra evitar esse tipo de constrangimento? Agora fiquei em duvida! Se puder dar alguma dica, agradeço. Obrigada!
Rodrigo Lavalle
Sara, as experiências são individuais e dependem de uma série de fatores. Você pode ir bem vestida-cara-de-mais velha é ser mal tratada e ir do jeito que você é e ser bem tratada. Vá bem vestida (não significa ir de vestido de gala e salto alto) e seja simpática.
Abraços.
Paulo Cruz
Fomos jantar ontem, sábado, na Lipp. Chegamos as 6:30h, para evitar que estivesse cheio e sem vaga para jantar, pois nao havia,os reservado. Por estar vazio, ficamos em um otimo lugar, no fundo do restaurante, com uma ampla visao de todo o lugar . Fomos de metro e voltamos andando. O lugar e lindo e charmoso. A comida estava maravilhosa. As Entradas foram : escargot e foie gran de carnard. No prato principal pedimos joelho de porco com lentilha. Sobremesa pedimos: profiteroles e mil folhas. Seguimos a sugestão de vinho que constava no cardápio. O valor muito justo. Pagamos 141 Eur. Muito bem servido. Ao final do jantar nao havia uma unica vaga, quer seja dentro ou fora do restaurante. Voltamos andando da Lipp pela boulevard Saint Germain até nosso destino na estação cardinal lemoine. A rua estava cheia de gente, todos os bares e restaurantes cheios. Uma movimentação frenética de pessoas indo e vindo. Muito legal. O frio também estava de rasgar na noite de ontem, quase congelamos no final do percurso. Foi ótimo.
Reinaldo
A Brasserie Lipp é praticamente obrigatória para os que apreciam a história política e literária de Paris. Na III e na IV Repúblicas, costumava-se mesmo dizer que os governos se compunham na Lipp e se desfaziam na Câmara. As personalidades que por ali passaram ocasionalmente e as que eram habituées são muitíssimas: François Mitterand, Saint-Éxupery, Jean-Edern Hallier, Francis Ford Coppola, Bill Clinton, Boris Vian, Aznavour, Léon-Paul Fargue “et j’en passe”. Quanto ao atendimento, não tive problemas: fui bem recebido, e meu almoço, delicioso, transcorreu às mil maravilhas. Talvez por eu estar vestido apropriadamente para os padrões da casa (calça jeans, sapatos, camisa e blazer) e por falar bem francês. Sejamos claros: o pessoal dos cafés e restaurantes parisienses suportam muito mal as hordas de turistas “bárbaros” (leia-se “que não falam francês”), vestidos desleixadamente (ou seja, com jeans, camisetas e tênis, tipo New Balance ou Nike). Isso é válido especialmente para lugares míticos e “bem frequentados”, como a Brasserie Lipp. Lembro-me de um senhor, provavelmente, americano, que foi colocado à porta pelo pessoal da brasserie por estar vestido com um bermudão e tênis. Que vexame!
Quanto ao preço, ele é salgado, é óbvio. Cheguei a tomar lá um dos melhores Bordeaux (Château Latour), que me custou uma fortuna, mas não me arrependo. E saboreei um mille-feuille, que, nos dizeres do simpático garçon que me atendeu, é o melhor de Paris.
Boa visita!
Daniela Martinez
EU também nunca me senti tão horrível!! Lugar lotado, e a gente se sente desconfortável, pois as mesas são grudadas uma na outra e não dá nem pra conversar. O maitre parecia estar bêbado. Nosso pedido foi feito e não foi repassado à cozinha. Após uma hora e meia é que eu me dei conta de que todas as mesas em volta já tinham sido servidas, e quando fomos reclamar, o maitre – bêbado – quase nos expulsou. Meu marido precisou encarar a grosseria do sujeito, e teve que vir um outro garçon para se desculpar, já que a culpa era, obviamente, deles. Aí, inexplicavelmente, surgiram os pratos, em menos de 5 minutos, feitos às pressas e servidos de qualquer jeito. Juramos nunca mais voltar. Não indico prá ninguém! Fujam, pois tem coisa muito melhor do que isso em Paris. Não se deixem levar pela propaganda de que o lugar é um ícone!
Abraços, Daniela M.
Alda
Ola
Estive nesta brasserie no passado Sábado e nunca fui tão mal atendida na minha vida…os empregados foram extremamente rudes, mal-educados…E quase “esmurrarm” outro empregado que foi simpático connosco por ter sido demasiadamente atencioso!…Isto tudo porque aparentamos menos idade do que realmente temos, por isso fomos (mal) tratados como se fossemos garotos (do tipo: deviam estar no mac donalds e não aqui!)…Foi a pior expeiencia que tive em paris e num qualquer restaurante no Mundo…nunca me senti tão humilhada 🙁
De resto tudo correu bem e as suas dicas foram óptimas!!!!
bjs
Rose Silveira
Estive no Lipp com a condessa Rose De Ganay, seu marido Fernando Almeida e o meu marido Milton Matera. Adorei o Filé com fritas, o atendimento e claro jantar bem num lugar que trz a tradição e a historia do Lipp, não pode ficar de fora de uma estadia em Paris.