A leitora Claudia Silveira me relatou uma impressão de viagem que coincide com as minhas vivências na França.
Os franceses e francesas quando entram na padaria ou em qualquer outro comércio alimentício, antes de fazerem a fila, olham os produtos exibidos, examinam bem as informações e quando chegam no caixa sabem o que querem. O pedido já está preparado, na ponta da língua: um pão integral fatiado, um bolo de chocolate para 4 pessoas e duas fatias de torta de espinafre. Rapidamente tudo é executado, embalado e antes da dar o preço, a pergunta final clássica da atendente: Algo mais? Invariavelmente seguido por um não, obrigado. Pronto.
A transação é rápida, o tempo custa caro. Tudo é rápido em todos os lugares. As pessoas andam rapidamente na rua, talvez por causa do frio, talvez porque se anda muito. Nos túneis do metrô, as pessoas quase correm (quem gosta de ficar perdendo tempo embaixo da terra? Todos correm e passei a correr também. Todos são eficientes e eu também.
Quando o turista brasileiro tranqüilo chega no caixa da padaria, é neste momento que vai olhar os produtos, perguntar para o resto da família o que quer provar, discutir com a mulher a pertinência de comprar isto ou aquilo e é, neste momento também, que vai travar conhecimento com o célebre mau humor dos parisienses.
E a pressa é contagiosa.
Agora, quando chego no Brasil e a caixa do super mercado passa os produtos lentamente enquanto conversa com a colega ao lado, quase morro de impaciência. Quando entro na padaria e as atendentes continuam distraídas conversando entre si e a pessoa na minha frente na fila, ao invés de reclamar, conversa tranquilamente no celular, eu quase morro de raiva.
Estou ficando mau humorada como os franceses.
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63 Comentários
Sonia
Me perdoem mas so quem vive em Paris sabe que esta agilidade so funciona nas padarias ,va ao Monoprix ou Fanprix e veja se nao tera o mesmo problema que foi relatado ai no Brasil .Quanto a falta de respeito posso detalhar o descaso das madames deixando a ”sujeira ” dos cachorros na calcada e dos carros estacionados de qualquer maneira atrapalhando o trafico .
Quanto a seguranca ,so hoje presenciei em Paris 2 roubos na cidade !!
Nao se iludam com aquela antiga Paris Chic e segura .
Abracos
Ágatha Sastre
Pronto. O seu texto falou tudo! Incrível como esse povo maldito do qual eu faço parte, que reclama da morosidade da política e da justiça, ainda tem a cara-de-pau de esquecer como são no dia-a-dia… como atrapalham o sucesso de outras pessoas, como não são nada eficientes…
Eu não sou francesa, nem ainda saí do Brasil, mas quando vejo situações desse tipo que vc comentou ( e como eu vejo, meu Deus!), eu faço carão de raiva, não dou bom dia e se puxar papo comigo, vai levar esculhabação (de modo educada, sempre) só por ter tido a “audácia ” de esquecer da chatice que fez.Hehehehe!
Olha, vc está totalmente coberta de razão. Excelente texto ( e desabafo), =)
Julia Fontelles
Para botar mais lenha: gosto de ser brasileira mas nem por isso desconheço os defeitos dos brasileiros. Eu também super-me-irrito em esperar que a caixa do supermercado termine a conversa com o colega para assim, começar o seu trabalho. Odeio perda de tempo, odeio essa irritante indecisão dos brasileiros na hora de escolher se querem sanduíche com ou sem presunto e acho que nespe ponto seria muito bom que tomássemos “umas aulas” de como respeitar o tempo alheio, com nossos amigos franceses.
Eles também não são perfeitos, deveriam aprender a tolerar mais os defeitos alheios.
Assim teríamos um perfeito equilíbrio, não?
Dani
A questão é que as pessoas costumam confundir o caráter, digamos, “descontraído”, que caracteriza o brasileiro de um modo geral, com falta de respeito. Aqui no Rio outro dia, por exemplo, fiquei parada numa enorme fila de carros por uns 10 minutos, em horário de rush, esperando uma dondoca deixar o carro com o manobrista de um restaurante… sem a menor pressa, nem aí para o fato de ter atrás dela uma avenida parada! Eu não me conformo com isso, e nem acho que ir morar em Paris seja a solução. Por mais que não chegue a ser uma má idéia! hehe! Abrs,
Patrícia
O Leandro colocou muito bem a questão da diferença entre hábito e educação, que realmente existe. Hábitos à parte, tanto brasileiros quanto franceses assumem comportamentos mau-educados em determinados momentos, e no exemplo citado é falta para os brasileiros sim. Achei indelicado o comentário da leitora acima.
Leandro Ramos
Olá Maria Lima….adorei seu comentário….acho mesmo que esta praticidade e respeito pelo tempo do “outro”…ou o que o “outro” deseja fazer dele, é algo que ainda vai levar uns bons séculos para vermos vigente no Brasil. É uma pena que a Sra Zaíra Bueno não perceba a imensa diferença entre hábito cultural e boa educação social. O que vemos no nosso querido Brasil, é, infelizmente, ainda, uma quase total falta de respeito à pessoa do “outro”, ainda que em momentos simples, cotidianos de nossa vidas, como uma compra em padaria. Gastaríamos, sim, Sra. Bueno, de ir semanalmente à Paris, e ver, muito mais do que o mal humor parisiense, a boa educação, contruida ao longo de séculos de valorização à civilidade.!!!!!!
Caliandra
Adoro qdo vc mostra as diferenças, de modo geral, dos dois países.
Bjos,
Zaíra Bueno
Me incomodo ao ver algumas pessoas tentanto nos diminuir (a nós brasileiros) perante determinados comportamentos tidos como certos ou até mesmo “chics”. Tudo tem o seu lugar. As culturas têm que ser respeitadas (não temos que respeitar o célebre mal humor dos parisienses??). Aqui no Brasil, por uma série de fatores, as coisas funcionam desse jeito, o que não quer dizer que seja melhor ou pior que os outros. É apenas o nosso jeito. E quem estiver tãaaaao incomodado, já sabe para onde se dirigir: para o proximo aeroporto e direto para paris!!!!!
Cris Paz
Ahhhh, nào fica não! =)
bjs
Patrícia
Maria Lina,
Concordo com você. E descobri que sou muito “francesa” quando vou às compras. Talvez por isso nunca tenha experimentado o dito mau humor dos franceses! Abraço