Vocês citaram no Conexão Paris muitos livros sobre Paris ou obras que transformam Paris em personagem principal. Algumas dicas eu me lembrei de anotar. Abaixo o nome do leitor e os livros citados. Peços desculpas pelas citações que me escaparam. Por favor, sejam pacientes e contribuam de novo.
Eymard:
.Paris de Colin Jones. Daqueles livros para voltar a ele sempre.
.O Proxima estação de Lorànt Deutsch. O passeio pelos 21 séculos é quase despretensioso. Mas o que eu achei mais interessante foi poder “interagir” com o autor completando com visitas virtuais pelo google maps, street view. Eis uma grande ferramenta de interação entre leitura e mundo virtual.
.O cemitério de Praga de Umberto Eco. O cenário é Paris no fim do séc XIX (1897). Muitas intrigas na velocidade de Eco.
.Bouvard e Pecuchet de Flaubert. Nada a ver com Mme Bovary. Um romance com cara de ópera bufa. Mais atual do que nunca nesses tempos de Dr. Google.
.Casados com Paris de Paula Maclain. História de amor e traição do jovem casal Hemingway nos loucos anos 1920. Achei interessante a ideia. É um romance. Mas a autora usou fontes históricas (personagens reais, histórias reais). Vem bem a calhar com o filme “Meia Noite em Paris”. Mas nada posso dizer do livro pois não li. Apenas gostei da orelha, de algumas páginas que li na própria livraria.
.Os Deuses tem Sede de Anatole France. Um romance da pós revolução muito interessante.
.Paris é uma festa de Ernest Hemingway e sua contraface atual: Paris não se acaba de Vila-Matas. Dois livros muito diferentes um do outro mas com o mesmo sabor de viver Paris.
LuciaC:
.Essência do Estilo de Joan DeJean, autoridade americana em cultura francesa, especialidade séc XVII. Não foi ao acaso que Paris tornou-se a capital do luxo.
.Adeus aos Escargots do jornalista americano Michel Steinberg. Disseca burocracia francesa, a tirania Michelin e termina com um elogio a salade niçoise de Yves Camdeborde.
.Une Histoire de Paris do inglês siderado na França: Graham Robb. Quinhentas páginas, estou estacionada na página 182 faz 3 meses!
.Descoberta da França, uma jornada histórico-geográfica da Revolução à Primeira Guerra Mundial também de Graham Robb onde relata seu passeio de bicicleta pela França.
.Angelique de Anne e Serge Golon. Cheguei a acreditar que Angelique havia mesmo existido, vivido na corte, tamanha credibilidade aos fatos. Acho que agora só se encontra para comprar nos sebos.
.Os Reis Malditos, Coleção imperdível! De Maurice Druon (Academia Francesa de Letras e um pouco de sangue brasileiro correndo nas veias).
Heloisa Luz:
.Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust. Estou falando da adaptação deste clássico da literatura francesa: três volumes, em quadrinhos, com narração do próprio Proust. Adaptação e desenhos de Stéphane Heuet, tradução e notas de André Telles. Jorge Zahar Editores.
Anna Francisca, Lenna e Eliana Barbosa:
.Casados com Paris de Paula Mclain. Delícia de leitura. Flui bem.
Letícia Tórgo:
.Um livro por dia de Jeremy Mercer conta a história de um jornalista que ficou hospedado por um bom tempo na Shakespeare and Company
.Tete-a-tete de Hazel Rowleya, biografia sobre o romance de Sartre com Simone de Beauvoir.
Joe:
.Paris era ontem (1925-1939). Janet Flanner descreve a Cidade Luz durante seus anos de brilho mais intenso.
Maria Cristina:
. Os exilados de Montparnasse de Jean-Paul Caracalla. Revive lembranças do início do século XX de um modo cativante e instrutivo.
. Os segredos das mulheres francesas de Mireille Guiliano. Conselhos sábios e irresistíveis da decantação do vinho aos demais prazeres que encantam os franceses.
. Mulheres francesas não dormem sozinhas de Jamie Callan.
Alzira:
.Os Anos Loucos, de William Wiser. Ele relata o período em que escritores, pintores, músiscos e bailarinos convergiram em bloco, num momento único da historia da cidade.
Maria das Graças:
.Na Pior em Paris e Londres do George Orwell.
Daniela:
.Notre Dame de Paris, do Vítor Hugo. E um outro que não sei se já saiu em português, chamado Americans in Paris! O primeiro dispensa comentários e o segundo trata dos americanos em Paris, pós primeira guerra mundial!
Katya Leitzke:
.Maria Antonieta, da excelente Antonia Fraiser: desmistifica completamente o personagem da rainha vulgar, fútil e culpada de tudo.
.O terror, de David Andress: muito bom, mas difícil de ser encontrado.
.A Sombra da Guilhotina, de Hilary Mantel. Mostra revolução através da visão de Robespierre, Danton, Camille Desmoulins.
. Varennes, a morte da realeza, de Mona Ozouf e Robespierre, virtude e terror, que é nada mais nada menos do que a seleção de alguns discursos e textos do próprio, comentados por Slavoj Zizek. Achei um único exemplar numa bienal do livro em SP e me agarrei nele!
Ricardo Mavigno:
.Paris: The Secret History de Andrew Hussey um livro interessante.
Jacqueline:
.Arco do Triunfo de Erich Maria Remarque situa a ação em Paris. Ele narrou magistralmente as angústias e incertezas de seres ameaçados, marionetes em situações sem saída durante as duas guerra do século XX.
Jacqueline e Jane Curiosa:
.Moulin Rouge, de Pierre La Mure.
Fabiana:
.Adeus aos Escargots: interessante para quem adora a gastronomia, principalmente a francesa;
.Anna e o beijo francês: é mais para aborrecente, mas é uma opção para ver os dilemas de alguém que sai do seu país e vai morar na França;
.Vinho e guerra: livro mais histórico mas que trata da ocupação da França pelos nazistas e os impactos no vinho.
.My life in France, Julia Child
.Mulheres francesas não engordam, de M. Guiliano: um dos meu preferidos, sobre a cultura e hábitos franceses.
Jane Curiosa:
.Guerra e Moda de Dominique Veillon. Historiadora, não abandona a crítica ao consumo exacerbado nem o efeito deletério da ocupação alemã na França.
. Noventa e três de Victor Hugo.
. Las Condesas de la Gestapo de Cyril Eder. Na página 171, ele nos dá um relance sobre um episódio envolvendo Coco Chanel e sua viagem com Louis de Vaufreland à Espanha.
Marcos:
.Rainha da Moda – Como Maria Antonieta se vestiu para a revolução. À primeira vista me pareceu uma grande bobagem mas revelou-se agradável surpresa: prosa fluida mesclando elementos biográficos, história e sociologia da moda. Certamente vai agradar aos francófilos de plantão do CP.
Renata:
. Le Père Goriot de Balzac. Uma sugestão para quem quiser saber como era a sociedade parisiense da era Pré-Haussmann.
Nilza Freire:
.História Secreta de Paris, de Andrew Hussey fala dos escaninhos da evolução da cidade, das guerras. O autor desmistifique alguns fatos tidos como “verdades absolutas” provando que a Historia é romanceada para se tornar menos contundente e mais leve.
Joenilson:
.Revolução Francesa do Max Gallo, “excelente”, permite o conhecimento em detalhes de como se deu a autofárgica revolução francesa e como a mesma mudou o mundo e nos leva a conhecer uma Paris do século XVIII nada glamourosa, mas que serviu para deixar a cidade como ela é hoje: Bela e Intelectual.
Adriana Pessoa:
.Condessa de Barral/A paixão do Imperador de Mary del Priore. O livro trata de Luisa Margarida Portugal e Barros, a futura Condessa de Barral. Uma mulher a frente do seu tempo, que estudou e viveu em Paris.
Rogério:
.Sleeping With the Enemy Coco Chanel’s secret war – A elegancia de Chanel a serviço de Hitler.
Cristiana Pereira:
.E foram todos para Paris de Sérgio Augusto.
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130 Comentários
Ticiana
Acabei de ler “A ultima vez que vi Paris”, de Lynn Schenne. Excelente romance, daqueles que você não vê a hora de poder ter um tempinho para ler! Ficção durante a 2a. guerra. Recomendo muito!
mirian barbosa
Faltou o maravilhoso livro de Ina Caro Paris sobre Trilhos.
mirian barbosa
Faltou o maravilhoso Paris sobre Trilhos de Ina Caro.Sempre levo quando visito Paris.
mirian barbosa
Faltou Ina Caro com Paris sobre Trilhos.
Jacqueline
Adorei. Pior é perceber o quanto me falta ainda ler e sempre faltará. Uma vida só é pouco. Gostei de ver mencionadas minhas sugestões. Quanto a “Angélica, a Marquesa dos Anjos”, eu fui literalmente louca por essa série em livro e filme. São doze volumes e devorei-os todos. Entretanto, Paris surge lá pelo quarto volume (o melhor na minha opinião) e lá pelo nono, creio, já não aparece mais. Termina na América, último volume, e já não conseguiu me empolgar tanto assim, com Angélica entre os índios americanos e ajudando a erguer os povoados. A atriz Michele Mercier não quis ir além do quinto filme. Ficou famosa no mundo todo, mas não queria ser conhecida apenas como Angélique. Por isso, não ganhou mais papéis de destaque e, aos setenta anos, tentava voltar às telas e vendia os vestidos que usou na série e que lhe foram dados. Perdeu ela e perdemos nós, fãs da Marquesa dos Anjos.
Tania Ziert Baiao
Estou lendo agora:
“Direto de Paris – Coq au Vin com Feijoada” – de Milton Blay. Editora Contexto.
styfani
Eu recomendo Paris sobre trilhos excelente livro sobre como passear em cidades proximas a Paris de trem ,a autora conta os fatos históricos de cada lugar que ela visitou.
Edna
Parabéns pelo blog ! Em todas as épocas Paris é encantadora na Literatura , desde Alexandre Dumas em ” A Rainha Margot ” e o “Pátio dos Milagres , “até em “A Parisiense ” um guia de estilo de Inês de la Fressange . Passando por “Paris – a festa continuou ” e “próxima estação Paris .
Merci !
Marcia Dutra
Recomendo este também: Shakespeare and Company: Uma Livraria na Paris do Entre-guerras – Sylvia Beach ; é maravilhoso e fala bastante dos loucos anos 20 em Paris.
Marjorie
Outro livro maravilhoso: Resistência – A história de uma mulher que desafiou Hitler – Agnès Humbert. Resumo: No verão de 1940, na ocupação nazista na França, a historiadora de arte Agnes Humbert inconformada com a dominação nazista, movida por uma coragem ímpar e com o apoio de seus colegas do Museu do Homem em Paris, fundou um dos primeiros grupos da Resistência francesa. Durante quase um ano, ela e seus companheiros redigiram, imprimiram e distribuíram o jornal Résistance, além de panfletos e outros textos contra o governo de Vichy.
A rede de rebeldes do Museu do Homem, improvável porém eficiente, conquistaria um lugar de trágico destaque na história da Segunda Guerra Mundial. Em 1941, muitos dos seus membros, incluindo o carismático líder Boris Vildé e a própria Agnès, foram traídos por um espião e entregues à Gestapo. Presos, sete dos homens foram condenados à morte e executados por um pelotão de fuzilamento. As mulheres foram deportadas para a Alemanha como trabalhadoras escravas.
Em “Resistência”, esses eventos são descritos com um imediatismo pulsante, que percorre cada página do diário secreto de Agnès, publicado inicialmente na França em 1946 e depois esquecido. Até a sua captura, nos primeiros meses de 1941, Agnès registrou os fatos dia após dia, e suas anotações nos permitem acompanhar cada passo dos primórdios da Resistência.
Recusando-se, inclusive nos dias mais duros, a ceder e a abandonar sua compaixão, Agnès revela aos poucos, com habilidade e um toque de sarcasmo, a profundidade de seu ultraje e de suas convicções. Escrito com o vigor dos eventos recém-vividos, Resistência é o testemunho do espírito indomável de uma mulher, e um tributo eloqüente ao sacrifício e à coragem dos seus camaradas.