Todo parisiense conhece a brasserie Au Pied de Cochon. Aberta em 1947, ela é dos poucos restaurantes remanescentes da época em que o Halles abrigava o antigo mercado de Paris – hoje, é um enorme shopping center (leia aqui).
A brasserie atrai uma fauna heterogênea: turistas de toda parte do mundo (muitos turistas!), franceses do interior, antigos moradores do bairro, notívagos saindo dos clubs e dos bares da região em busca de algo para forrar o estômago antes de ir para a casa…
Fachada da brasserie Au Pied de Cochon
A casa é enorme. São quatro andares, com decoração típica das antigas brasseries: bancos e cadeiras vermelhas, muito dourado, espelhos, pintura nas paredes.
Decoração da brasserie Au pied de Cochon
Aberta todos os dias do ano, 24 horas por dia, a casa está sempre cheia à noite e sempre animada e barulhenta.
O interior da brasserie o Pied de Cochon
Como o nome indica, o porco é a especialidade da casa. Mas serve de tudo um pouco. Pedimos bochecha de porco (joue de porc), uma deliciosa sopa de cebola e chucrute do mar.
Nossos pratos no Pied de Cochon
Não tivemos coragem de pedir o prato que leva o nome do restaurante, o pé de porco. Mas nosso vizinho da mesa ao lado, um herói, pediu…
Pé de porco do Au Pied de Cochon
Foi uma noite exagerada, como é o lugar. Comemos muito, bebemos bastante e rimos mais ainda.
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Preços (setembro 2013):
A deliciosa sopa de cebola (uma entrada, mas pode ser pedido como prato principal): 8,50 euros
Pé de porco: 19,50 euros
Bochecha de porco: 24,60 euros
Au Pied de Cochon: 6 rue Coquillière, 75001. Tel.: + 33 01 40 13 77 00
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32 Comentários
Cesar Barroso
Bem, pé de porco para mim é essencial numa feijoada. Sem pé de porco, não me chame para uma feijoada.
Só procurei o Au Pied de Cochon em Paris em 1999, mas estava fechado para obras. Nunca voltei. Acho até que providencialmente, pois esse pé de porco aí da foto parece que iria me decepcionar.
Tatyana Mabel Nobre Barbosa
Affff… a gula em seu mais farto sentido. Ainda dizem que o francês come pouco… hum…
Regina Vasconcelos
Esse é da minha época de estudante na França, não voltei mais..
Marcia Lube
Fui lá há muito tempo atrás.
Há muito mesmo !
Madá
Faz tempo que não volto aí, gostei do relato e dos comentários. Vejo que eles mantêm a tradição do prato redondo, branco, com o nome do restaurante impresso.
Fernanda
Estivemos no Au Pied de Cochon e tomamos sua maravilhosa sopa de cebola…
Suely
Esse pé de porco até que tá bem simpático, não é o meu forte, mas meu marido ía adorar…
Jane Curiosa
Eu estive lá. Comi ostras.Meu marido foi heroico,então.Nem quis olhar ele comendo aquela (bonita)pata mole…
E tomamos vinho.E tomamos vinho…
(…)
“…Au Pied de Cochon
On est jamais morose
Aux bras de Ninon
C’est tout Paris qui ose…
Champagne et grand frisson,
Chefs d’Oeuvres d’artistes,
Amour et délices
Du Pied de Cochon
(…)
…Le jour et la nuit…
Nous nous retrouvons…
au pied de Cochon…”
Edson Diogo de Castro
Muito bom, como acompanhemento pedimos castanhas assadas. Boa lembrança. Edson
Evandro Barreto (Dodô)
Quando estive lá pela primeira vez, o mercado ainda funcionava. A clientela de então tinha menos turistas, os boêmios de sempre e um grande contingente de motoristas de caminhão, que vinham se refazer das longas viagens em que traziam alimentos do campo para o consumo da cidade. Num clima de confraternização barulhenta, era de se ver o tamanho (e o número) dos pratos que eles eram capazer de devorar, com proporcional litragem de vinho. Começavam com a sopa de cebolas, prosseguiam com os frutos do mar e chegavam à apoteose com o joelho de porco. Para arrematar, uma legião de queijos e digestivos, que ainda não havia bafômetro. Nas minhas voltas recentes ,depois que os caminhões tomaram outro rumo, algo se perdeu, da cozinha à atmosfera. Mas continua-se comendo muito e rindo um tanto.