Eu conhecia as informações contadas por um amigo engenheiro da RATP em jantares de verão na Córsega. Mas nunca tinha visto as fotos.
Durante a segunda guerra mundial as estações de metro Arsenal, Champs de Mars, Croix Rouge e Saint Martin foram fechadas. Após a guerra, a RATP as manteve fechadas porque elas estavam próximas demais de outras estações (a distância média entre as estações é de 500 metros).
As estações Haxo e Molitor nunca entraram em funcionamento e não estão ligadas à rede parisiense. Elas existem inacabadas e servem, assim como as citadas acima, de refúgio para uma população que vive dentro do metrô parisiense (vocês se lembram do filme Subway de Luc Besson com Christophe Lambert?)
O acesso a estas estações abandonadas é feita pelos túneis por onde circulam os metrôs. Aventura perigosa e totalmente proibida porque um dos trilhos, o mais alto, possui uma carga elétrica de 500 volts. Apesar da presença de guardas acompanhados por cachorros, grupos de jovens e de sem-teto conseguem escapar da vigilância e, à noite, percorrem os túneis para dormirem nos velhos vagões abandonados.
De acordo com meu amigo, o pior horário para os condutores do metro é o primeiro horário da manhã. Esta primeira viagem do dia deve ser em ritmo mais lento, um cuidado especial para tentar evitar atropelar pessoas que porventura dormem sobre os trilhos.
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67 Comentários
MônicaSA
Lina,
Este post vale aquele provérbio chinês:
UMA IMAGEM VALE MAIS DO QUE MIL PALAVRAS.
Madá
Lina, muito interessante essas historias. Eu gostei muito do filme do Luc Besson e sempre procurava vestígios ou caminhos que levassem a esses corredores abandonados.
Isaac, luva é essencial (não ocupa espaço, pode ficar nos bolsos do seu casaco). Chega uma hora em que colocar as mãos no bolso não resolve. Depende do frio de cada um, mas abaixo de 5, meu marido usa direto a luva e o cachecol. Vai aumentar seu tempo de permanência nas ruas.
Chris
poxa, que legal! não conhecia!
Outro dia vi um livro de fotos muito divertido sobre as estações de Paris. eles faziam um retrato meio literal do nome das estações 😉
Beth
Isaac
1°C é frio, mas é perfeitamente suportável de vc se vestir apropriadamente.
Abs.
Kleber A. Torezan
EUNICE,
Li a reportagem da NATGEO e achei impressionante a relação da cidade com seu subsolo.
Concordo com todos quando apresentamos nossos sentimentos da situação do SDF (já discutido em outro post).
Sinal dos novos tempos ?
Abraços.
Kleber A. Torezan
ISAAC
Oi Lina,
Como estou acostumado com o nosso verão de 40°, não tenho a menor idéia de qual a sensação térmica de, por exemplo 1°. Muito frio, claro.
Como meu embarque está se aproximando tenho acompanhado seu painel meteorológico e sempre fico com uma dúvida.
Luvas são realmente necessárias…ou é mais firula mesmo? Pelo que estou acompanhando a temperatura está subindo gradativamente neste mês de fevereiro, não é?
Abç
Rogerio
http://www.vamosparaparis.com/mapa_metro.gif
mapa do metro de Paris
Sueli OVB
Muito instigante esse lado noir da Cidade Luz.
Jose Mauricio
Genial!!! Adoro subterrâneos, túneis, cavernas e assemelhados. Muito interessante o post!!! O problema de fotografar cavernas e túneis é o trabalho que dá e o tempo que leva. Tem que armar o tripé, colocar a máquina em exposição longa, esperar, repetir, mudar a exposição…
As fotos do post estão muito boas, por sinal.
Eunice
Na National Geographic de fevereiro/2011 há uma reportagem sobre os subterrâneos de Paris, mas se limitam às pedreiras subterrâneas (les carrières) e os “cataphiles”, e eu já havia me surpreendido muito.
Agora descubro que ainda há espaço para estações de metrô abandonadas…
Sem falar no dinheiro público desperdiçado nas estações que não foram ativadas!
Parece obra de um país sul-americano que conhecemos bem.