Se nós nos fiássemos às aparências da cultura francesa poderíamos chegar à conclusão que as mulheres deste país são livres e soltas. Que atingiram uma grande e confortável segurança pessoal. Que a sociedade francesa é liberal e quase libertária nos temas relativos ao sexo.
Teria vários exemplos para ilustrar o que digo. Mas escolho o mais recente. Vejam estes dois posters acima. O primeiro faz referência ao filme Les Bal des Actrices, que já foi assunto para um artigo recente. Publiquei fotos do filme mas não quis publicar a foto do poster e explico porque. Na semana passada já havia publicado um artigo sobre os sites chics sobre sexo em francês. Aliás outro sinal da esquizofrenia. Como minhas leitoras não se pronunciaram, com uma única exceção, cheguei à conclusão que o assunto é delicado para as brasileiras. Evitei publicar a foto do poster para, digamos, mudar de assunto. Mas não resisto, sou uma recidivista.
O poster nos mostra todas as grandes artistas francesas que participaram do filme nuas.
O segundo poster é uma espécie de paródia do primeiro. Blogueiras francesas entraram neste jogo e reproduziram a mesma pose do poster do filme. Só para que fique claro, estas blogueiras são sérias e seus blogs estão entre os melhores da França. Nenhum destes blogs é sobre sexo.
Imaginem se as blogueiras brasileiras concordariam com uma brincadeira desta. Nunca.
A esquizofrenia francesa está na discordância entre esta aparência de liberdade e a realidade social. Vivo em imersão total nesta sociedade para poder afirmar que elas não são livres como querem aparentar.
Ezra Suleiman, professor americano e grande admirador da França, acabou de escrever um livro que se chama Schizophrénies Françaises, onde analisa com humor fino contradições como acabo de assinalar. A pátria da Liberdade, Igualdade e Fraternidade vive de uma aparência e de uma auto ilusão.
Ezra Suleiman. Schizofhrénies Françaises, Grasset, 2008.
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54 Comentários
Edia Lucia Siba Barros Marques de Abreu
Ah! Lina li sim sobre os site chics de sexo, inclusive cheguei até comentar com meu marido. Fique tranquila que essa sua leitora aqui não ficou assustada não, até mesmo porque lido muitonaturalmente com o assunto. Apenas deixei de fazer comentários devido a falta de tempo mesmo.
Beijos!
Edia Lucia Siba Barros Marques de Abreu
Lina li todos os comentários acima e estou de pleno acordo com san filho, eu pelo menos desde que comecei acompanhar seu blog, jamais pude perceber comentários desabonadores ou negativos a ponto de fazer com que seus leitores se sentissem acuados a conhecer a França. Muito pelo contrário, acho que seus comentários com relação aos perigos, serviços e outras coisas mais os quais possam ser vistos “como desabonadores”, tem o simpes objetivo de nos aletar, afinal acho que não podemos entrar diariamente neste blog apenas para ver e ler coisas lindas e maravilhosas e achar que a França é uma: ALICE NO PAIS DAS MARAVILHAS. Respeito muito e admiro a opinião dos demais leitores, acho muito válido essa manifestação de opiniões, mas quero deixar claro que admiro muito o jeito com que você trata os assuntos em seu blog. Sempre com muito respeito! Gostaria de PARABENIZÁ-LA por publicar as opiniões contrárias também, isso demonstra que seu blog não é nota 10 e sim nota 1ooo por ser democrático.
Abraços…
Carol
Independentemente de toda a discussão acima, Paris continua sendo a cidade mais linda do mundo, na minha opinião, e certamente seus costumes e seu povo contribuem para isso. Assim, considero irrelevante as opiniões pessoais, quando percebo que elas existem, ainda que veladas, uma vez que a grandiosidade da cidade se sobrepõe à tudo que supostamente poderia tentar diminuí-la. Amo Paris, amo o blog, porque ele me faz ficar mais perto da minha cidade favorita no mundo.
Alberto Cavalcante
Lina, acredito que vc deva continuar mostrando as coisas que vc considera positivas e negativas de Paris, as conclusões são tiradas pelos visitantes do seu blog, q não são poucos, acredito que as informações passadas por vc não emitem uma visão preconceituosa ou ressentida de Paris, apenas vejo como alguns alertas ou dados que considero relevantes para os leitores deste blog de extremo bom gosto. Vc tem plena liberdade de expressar ou emitir a sua opinião da forma como lhe convier. Mesmo com todas as mazelas de uma grande metrópole os turistas continuarão visitando o Brasil e da mesma forma os turistas brasileiros continuarão visitando Paris, cada um munido das informações coletadas nos meios q tenha disponíveis e que achar mais confiáveis.
Lina, parabéns pelo blog, ele está melhor a cada dia.
san filho
Concordo em teoria com os comentários dos senhores acima, mas ainda não vi neste blog nenhum comentário preconceituoso ou desabonador da ‘cultura francesa’. Bom humor, (senso de humor, especialmente) cai bem em qualquer cultura. Acho que a autora escreve com leveza, descontração, ética e elegância. Pelo menos nos posts que li até aqui.
Sempre bom lembrar que ‘o pior inimigo de uma boa idéia é um mau defensor dela’.
Abraços tapuias.
Robson
Apóio o Eduardo Portela. Todos os povos do mundo têm suas esquizofrenias. Hoje em dia as pessoas atacam demais a cultura francesa. Inclusive, teve um artigo extremamente prepotente da filial européia de uma revista americana (típico, não?) falando da “decadência” da cultura francesa, blábláblá. Como se a humanidade não devesse tanto à França! A cultura da França, como a de todo o mundo, mudou bastante. Não se pode, infelizmente, defender alguns conceitos que a cultura contemporânea não mais toma como importante. Esse artigo me fez pensar “Como “pensadores” da cultura e podem chamar a cultura francesa de decadente? Porque essa prepotência?” Não consigo entender esse fascínio do entretenimento, essa retardação da infância. Acredito que no futuro, quando pesarem a legado cultural americano, será essa a maior contribuição. As pessoas estão cada vez mais infantis! Cada vez mais os homens de classe média, casados, com filhos, passam o domingo inteiro em casa jogando vídeo game! E os filmes?! Viva a fulgurante cultura estadunidense! Sua modernidade, suas idéias originais e seus artistas fantásticos! Sempre gostei da cultura francesa. Não creio em superioridade cultural, mas sim em prepotência e alienação. Ademais, é lógico que a industria do entretenimento americano exporte suas porcarias para todo o mundo. Eles são a maior economia do planeta. Afinal de contas era disso que eles deveriam se orgulhar. Será que alguém, detentor do mais ínfimo bom senso, acredita que Britney Spears seja um símbolo de prestígio cultural? Ou que o novo filme do Batman seja um marco na história da arte? Certo, talvez tenha exagerado. Então vamos refazer outras perguntas: e as musas do jazz americano, por onde andam? os grandes diretores da era de ouro de Hollywood? e os gênio literários americanos? Seus fantásticos pintores, escultores… Mas eles têm a grande industria do entretenimento! E os ingleses seguem como anexo, uma espécie de apêndice, uma cereja. Não entendo essas críticas que alguns indivíduos visivelmente alienados , pseudo-descolados, fazem da prepotência francesa. Enxergo muita generosidade e boa-fé na cultura gaulesa. Não vejo, entre as das grandes nações poderosas do mundo, nenhuma mais aberta à cultura de outras nações como a da França. Sim, porque só existe curiosidade do mundo em relação ao óbvio norte-americano. Uma pena que a maior virtude de nosso tempo seja a fugacidade. Não sou sisudo, adoro o humor. Humor como virtude. Acho que a crítica bem-humorada, desde que também nos abarque, é necessária. Sei que fui por um outro caminho, diferente do Eduardo. Mas acredito que esteja bastante relacionado. Adoro a cultura francesa, pois lhe devo muito. Trata-se de fidelidade ao pensamento.
Priscilla Fogiato
Lina, querida
a falta de comentário sobre os sites de sexo provavelmente foram mais por falta de conhecimento do idioma francês do que por não termos gostado 😉
Beijos
will azevedo
Lina, show de blog!
Passei uma temporada em Paris, integrado, e constatei a ‘esquizofrenia’ local.
Alguém me falou de uma loja especializada em fragrâncias (tb para ambientes) mas não soube me precisar.
No Brasil há boas fragrâncias mas – como os perfumes – sem boa fixação no ambiente. Vc me informaria onde encontrá-las em Paris, Lina?
Muito obriga do e parabéns pelo blog.
Eduardo Portella
Antes de qualquer coisa quero que saiba que gosto do seu blog e espero que veja de maneira construtiva o meu comentário. Apesar de gostar muito de ler suas dicas, tem algo no blog que tem me incomodado um pouco e achei justo comentar com você. Deixo claro que não precisa publicar meu comentário, OK? Sou brasileiro do interior de SP e estou morando em Paris já faz algum tempo. Mas confesso que não gosto da maneira como você trata os costumes franceses, pois sempre me passa uma sensação de ressentimento, como se quisesse comparar hábitos culturais como quem compara um objeto qualquer. Desculpa a franqueza, mas creio que questões culturais não podem ser tratadas dessa maneira. Vi num post que você implicou com o pessoal fumando na calçada, como se nas grandes cidades brasileiras isso não acontecesse. Via essa mesma cena todos os dias em São Paulo e nunca achei nada de errado nisso. Mas não achei nada legal você fotografar as pessoas fumando para criticá-las no blog. Achei que foi um desrespeito à liberdade das pessoas, de forma gratuita e sem o menor sentido. Fora outros posts taxativos, como “não faça as unhas em Paris: caro e mal feito”. Uma vez perdi uma semana de férias em Recife por causa de uma intoxicação alimentar, mas jamais diria “não coma em Recife: caro e…”, pois sei que isso pode acontecer em qualquer lugar. Ou então quando você chamou de “fauna” as pessoas que brincavam na festa do dia das bruxas de Paris. O que dizer então do nosso Carnaval? Ou então num outro em que mostrou a foto de uma bomba de combustível parisiense toda detonada dizendo que em Paris não existem postos “amplos e confortáveis” como no Brasil, como se lá só existissem postos bonitos e em Paris só existissem bombas naquele estado. Faltou explicar que aqui em Paris não temos gasolina adulterada. Que em Paris não vão te matar ou roubar enquanto você pega a carteira para pagar a gasolina naquela bombinha de calçada. Não. Não se trata dessa maneira a terra que nos acolhe. Fatos isolados acontecem, mas o que é bom para alguns pode não ser bom para outros. E isso acontece em todo e qualquer lugar do planeta. Portanto, precisamos ter certo cuidado quando emitimos opinião. Principalmente sobre a cultura dos outros. Por mais tempo que você tenha vivido aqui, isso não lhe da o direito de julgar os hábitos culturais franceses segundo seus próprios princípios. Se você não se identifica com a França, escreva então um blog sobre o Brasil. Como disse muito bem a Luciana, no Brasil, nos chocamos ao ver um cartaz com gente nua, mas as danças-baixaria são normais até para as crianças (só que para você e o professor americano, esquizofrênicas são as francesas). Muitas vezes a esquizofrenia dos outros está dentro de nós, Lina. Espero que seus leitores entendam que quando se trata de opinião, às vezes o que é ruim e o que nos dizem que é ruim podem ser coisas bem diferentes. Sou brasileiro e amo o Brasil, mas defendo de coração este país que tão bem me acolheu e onde tenho a oportunidade de trabalhar de forma digna, de educar bem meus filhos e de ter segurança e qualidade de vida ao lado da minha família. Desculpa o desabafo e entenda que não é nada pessoal, apenas questão de opinião. Novamente saliento que você não precisa publicar meu comentário.
Luciana
Lina!
Na verdade não comentei pq como acesso do trabalho nem sempre consigo postar alguma coisa! Mas achei bárbara a dica dos sites chiquetosos, afinal já é hora de deixarmos de encarar o sexo como uma coisa suja e marginal. Mas é curioso como este assunto além de delicado é controverso, as vezes as mesmas pessoas que se chocam com um cartaz de nu, dançam o créu com a maior naturalidade! (Nada contra um nem outro!) rsrsrs
Na praia mesmo, se vc faz topless vc é um ET, mas o fio dental mega ultra power minúsculo é encarado com naturalidade!
Questões culturais… fazer o q né? rsrsrs
beijosss
Lu
ps. Amo seu blog de paixão!