Mais uma contribuição do médico e enólogo Dr. Gerson Lopes que já publicou no Conexão Paris um primeiro artigo sobre a Borgonha, e dois outros sobre a região do Champagne. Vejam aqui, aqui e aqui.
Continuando nossa viagem… ainda no território dos grandes tintos. No próximo artigo vamos para o mundo dos brancos.
A partir de Gevrey-Chambertin a “conversa é prá gente grande” pois entra-se no território de alguns dos mais renomados grands crus do mundo: Chambertin, Chambertin-Clos de Béze, Chapelle–Chambertin, Charmes–Chambertin (ou Mazoyères–Chambertin), Griotte–Chambertin, Latricières–Chambertin, Mazis–Chambertin e Rouchottes–Chambertin. Memorizem estes nomes pois são todos vinhedos “tops” desta comuna (Gevrey-Chambertin).
Mas atenção: a qualidade dos vinhos está intrinsecamente ligada ao nome dos bons produtores. Na Borgonha vinícola é preciso “memória de elefante” para conhecer e degustar seus grandes vinhos. Tirar uma foto à frente de um destes vinhedos faz-nos sentir como um tiete diante de um ídolo.
A próxima parada na “descida” é Morey-Saint-Denis, com seus tintos premiers e grands crus aromáticos, frescos e bem balanceados. Talvez pela proximidade física, que na Borgonha pode não significar grande coisa, a comuna seguinte, Chambolle–Musigny, mostra, como a anterior, os vinhos mais finos, elegantes e femininos desta fantástica região.
Vougeot vem a seguir, produzindo um grand cru (Clos de Vougeot) e alguns ótimos premiers crus. Contrariando a opção pelos tintos da Côte de Nuits, Vougeot também produz brancos muito interessantes, macios, mas encorpados.
Quase obrigatória a visita ao Château du Clos de Vougeot. Além de ter uma adega e prensas de vinho que datam do século XVIII, o Château é sede da histórica Confrérie des Chevaliers du Tastevin.
Na comuna seguinte, Vosne-Romanée, na chamada “zona alta” dos grands crus da Borgonha, encontra-se o diminuto (1,8 hectares) vinhedo Romanée–Conti origem do mítico vinho de mesmo nome. Daqui saem entre 5000 e 9000 garrafas ao ano, objeto de desejo de todo enófilo. Infelizmente, poucos são os que podem pagar pelo privilégio. Outros vizinhos ilustres (grands crus) como La Tâche, Richebourg, Romanée–Saint Vivant, La Grande Rue e La Romanée são também desejados e apreciados por qualquer pessoa apaixonada por esta bebida. Ainda mais quando o produtor atende pela sigla DRC (Domaine de la Romanée Conti).
Próximo a Vosne–Romanée, do outro lado da N74, encontra-se o vilarejo Flagey–Échezeaux com dois grands crus: Échezeáux e Grands–Échezeaux. Estamos falando de vinhos que são verdadeiros ícones. Como os anteriores, mostram grande complexidade aromática, e, na boca, são sólidos, robustos, mas tornam-se elegantes com o tempo na garrafa. Portanto, além de capital, é preciso ter paciência se quisermos desfrutá-los em toda sua plenitude. O prazer obtido é algo mágico que não pode ser descrito por palavras. “Pura emoção” talvez seja a melhor definição.
Chega-se finalmente à Nuits–Saint–Georges, e aqui, a dica do sommelier Serge Dubs é harmonizar um bom vinho desta cidade simplesmente com uma gostosa baguete francesa. Obedece quem tem juízo. Testamos (e aprovamos) a dica. Maravilha!
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23 Comentários
Eduardo Luz
Aristoteles, obrigado.
Endereço anotado e vamos iniciar a poupança!! rs
eymard
Lina e Gerson, mais um belo capitulo da Borgonha. Tenho, confesso, muita dificuldade em guardar os nomes todos…sao muitos…(rs). Mas fiquei feliz e, saber que nao estou sozinho (“memória de elefante”). Também tenho sempre a impressao de que se precisa de um mes, um ano…uma vida para conhecer o lugar….como condensá-lo em 5 dias?
Aristoteles
Ah, os vinhos são significativamente mais baratos lá do que no Brasil. Numa conta grosseira, diria que, em média, cada euro sai por volta de 10 reais nas importadoras. Assim, um vinho de 40 euros custa 400 reais aqui no Brasil. Uma lástima!
Aristoteles
Eduardo,
É possível comprar os vinhos da Romanee-Conti em algumas lojas, que recebem uma partida sempre muito limitada.
Em Beaune, já vi à venda na Domaine des Vins, uma boa loja boa com um ótimo atendimento, embora a variedade não fosse muito grande. Ela fica no seguinte endereço: 16-18, place de la Halle – [email protected].
Asb
Eduardo Luz
Dr Gerson, estes grandes vinhos são mais baratos, ops, menos caros do que aqui em SP?
Encontramos alguns Romanée-Conti pra vender na Borgonha?
Estes posts devem necessariamente ir pro arquivo!
Parabéns pra você e pra Lina, pela iniciativa..
jorge fortunato
Luciano
Vc disse tudo… mas o jeito é parar se hospedar e prosseguir no dia seguinte.
No meu caso, um motorista particular cairia muito bem, pois não dirijo.
Porém, um dia, espero vijar com algum amigo motorizado…ou dar uma de louco e sair pegando carona…rs
Dani
Olá, Lina! Não sei se aqui é o lugar adequado, mas gostaria de dicas de que tipo de roupa levar pra ficar em Paris de 11 a 18/07. Os dias são mais longos, a que horas (em média) escurece? Sinto frio a toa e gostaria de ter uma noção da temperatura! Muito obrigada!
Vil Muniz
Oi Lina!!!!
Eita!!!pra quem entende de vinhos,deve ter se deliciado nessa matéria…Entender,entender,não entendo não,já ouvi falar em alguns desses que você mencionou,mas eu só apreciu e com moderação ,viu Lina!!! Valeu super ,as dicas!!!!
Luciano Melo
O ideal é ter um motorista particular para poder se esbaldar…
Ludwig Wallerstein Neto
Puxa, como eu gostaria de fazer um tour e degustar todos os vinhos!!!