Você conhece A Parisiense – O guia de estilo de Inès de la Fressange, atualmente um dos livros best sellers no Brasil?
A autora é um dos maiores símbolos do chic parisiense. Vem de família aristocrata, foi modelo e musa da Chanel, designer de sua própria marca e hoje aos 54 anos continua sendo presença obrigatória nos eventos de moda mais badalados da cidade.
O estilo e a elegância do mito “a parisiense” são o coração do livro. Inès se dedica a ensinar à leitora o que fazer para seguir esse modelo de sucesso: sentir-se segura com a roupa que veste, descombinar o óbvio, ousar sem medo, misturar o chic e o cheap… e por aí vai. Belíssimas dicas.
Mas existe um ponto que gostaria de deixar mais claro: a questão da idade ao vestir.
Desde que cheguei em Paris observo que as adolescentes e as meninas de 20 anos, como em muitos outros lugares do mundo inclusive no Brasil, querem se vestir com algumas peças do guarda-roupa da mulher mais velha.
E as mulheres mais velhas, aos 30, 40, 50 anos trocam de marcas para modernizarem o estilo, passando de tailleur estilo Chanel para jaquetinha de tweed modernizada. De Gerard Darel para Maje.
As grifes procuradas por mulheres maduras são as mesmas das meninas de 20 anos. A única diferença é que as mulheres maduras podem pagar o preço forte e as jovens vão aos estoques dessas grifes ou procuram peças semelhantes em lojas mais baratas.
Mas quem afinal compra nas marcas como Gerard Darel? Via de regra as parisienses a partir dos 55 anos de idade e as estrangeiras que buscam estar elegantes mas acabam por vestir-se de forma séria, muitas vezes sem perceber.
Inès diz em seu livro que pecado fashion é continuar se vestindo como 30 quando se tem 40 e usar certas peças após os 50, mas em nenhum momento comenta que mudar o estilo é também rejuvenescer sem parecer vulgar.
Esse é um comentário recorrente por aqui, sempre que pergunto para as mulheres parisienses onde elas compram suas roupas, a resposta é a mesma: antes me vestia na loja “x”, mas quando fiquei mais velha mudei de marca para ficar com um ar mais jovem.
É isso, a parisiense não acha que sobriedade seja sinal de elegância. Bravo!
Dione Occhipinti é personal shopper e image consulting. Contato: [email protected]
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15 Comentários
Katty
O livro fala exatamente como as parisienses sao, chiques sem se importar, e isso nos deixa livres para misturar coisas sem aquele combinadinho brasileio. Adorei.
Mas algumas coisas nao sao verdade, do tipo, para receber pessoas em casa, eles optam por facilidade, compra-se congelados, eles nao gostam de congelados e sempre servem coisas terroir e naturais, ate tomate cereja colocam na mesa para petiscar, outra coisa, qdo diz que as francesas vao ao dentista, e ainda levam escova de dentes na bolsa…. isso todo mundo sabe que nao e’ verdade, os franceses em geral nao tem os dentes bonitos, nao escovam com a mesma frequencia que a gente (por exemplo depois do almoco), enfim, nao e’ uma preocupacao como esta dito no livro.
Vil Muniz
Nossa Lina!!! já ouvi muito falar desse livro, vários comentários mega bons a respeito, acho que dessa vez eu compro!!
beijocas e mande um beijo pra Paris por mim!
Adriana Pessoa
Não consigo comprar esse livro aqui em BH. Sempre esgotado.
Me interessei ainda mais depois um documentário na GloboNews sobre Ines de La Fressange, que deve ser o mesmo visto pelo Samuel.
Mary Silva
Estou aguardando chegar a nova edição , achei muito bom o comentário do Samuel, enriquecedor para quem tem interesse não só no ” mundo casino”, mas para entender melhor o livro, acredito…
Kika Mello
Gostei do La Parisienne, das dicas, conselhos, endereços sugeridos e do projeto gráfico com os divertidos desenhos da própria.
Na agenda de 2012, há outras dicas dessa musa de estilo para seguir elegante o ano inteiro. A única forma que encontrei de ver o interior foi a partir de um blog francês:
http://cosmetics-addicts.blogspot.com/2011/12/mon-nouvel-agenda-pour-2012-lagenda-la.html
Para mim , para estar elegante, já bastaria um flat Roger Vivier. Não sei se ela participa da equipe de criação,mas são sempre muito chics. Ela parece ter um toque de Midas. Tudo a que está associada sempre é muito estiloso, chic e simples.
Vi o documentário a que Samuel se referiu e realmente, ela, que construiu uma marca com seu próprio nome, está impedida de usá-lo. Um absurdo para uma mulher tão criativa!
Ela também sofreu um golpe afetivo ao ficar viúva de seu grande amor com quem teve duas pequenas rainhas de estilo, que agora já seguem os passos da mãe:
http://www.lexpress.fr/styles/minute-mode/la-fille-cadette-d-ines-de-la-fressange-joue-les-mannequins_986748.html
É alguém admirável por saber não só contornar os obstáculos que a vida apresenta mas fazer algo novo com a perda.