Recebi recentemente um email que me deixou perplexa. Após lê-lo pensei trocar o nome do blog e chama-lo A minha Paris.
Em seguida me lembrei de todas as ilustres pessoas que cantaram esta cidade, que escreveram sobre ela em prosa ou em verso, que a pintaram, a fotografaram e a filmaram. Cheguei a conclusão que a minha Paris era a deles também e me acalmei.
O email dizia:
Ola cara Maria Lina,eu moro no Japao e sempre quis viajar pra conhecer
Paris,pela historia e pela arquitetura. Como nao tinha guias em portugues
procurei informacoes sobre a cidade pela internet e achei seu blog,fiquei por
uns 3 meses visitando-o quase diariamente e vi q so tinha materias sobre as
coisas boas de Paris,fiquei encantada.Marcamos a viagem,uma semana eu ate estava
triste ja que acreditei mesmo q Paris fosse como seu Blog descreve,queria ficar
mais.QUE decepcao qdo chegamos la,so nao voltei correndo pq ja estava tudo
pago,INACREDITAVEL o estado de degradacao , sujeira e TOTAL falta de EDUCACAO
dos franceses!!! Vc anda mesmo naquele metro IMUNDO??? As margens do Sena fedem
e impossivel ter um passeio romantico por la…e aquelas dezenas de mendigos e
aquelas mulheres da Bosnia que nos cercam por toda a parte na Torre Eiffel e nas
catedrais,sao insuportaveis,fiquem nos implorando por dinheiro,nao dao um
minuto de sossego! Na catedral de Montmartre tem muitos pedintes e escada
escorre urina PESSIMO voltamos desanimados o q salvou a viagem e q decidimos
passar os ultimos 4 dias das ferias em Zurich,Mas como comentou meu marido,que
e japones gastar dinheiro numa cidade imunda e onde as pessoas nos tratam mal e
total desperdicio,se nao for pedir muito vc poderia falar um da cidade de uma
forma mais real pq eu vi PAris por uma semana e tenho certeza ABSOLUTA de que
nao e NADA DAQUILO que o seu blog diz!!!
Quando estou no Brasil e recebo amigos franceses fico apreensiva diante de duas possibilidade: ou eles vêem as maravilhas do meu país natal ou as misérias. Guardo os amigos que gostam da beleza das nossas praias e do Rio de Janeiro, da nossa música e da nossa alegria, que ficam encantados com Tiradentes, que adoram as nossas frutas, que ficam surpresos diante do desenvolvimento tecnológico do país e que querem voltar sempre. Deixo nas margens da estrada os que só vêem a miséria, os buracos nas estradas, a poluição e a violência.
A leitura de uma viagem é subjetiva e existem olhares que são generosos e cheios de curiosidade.
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225 Comentários
Cláudia Oiticica
Na minha adolescência conheci o Japão e conheci a França. Apesar de ter adorado a minha viagem pelo Oriente, jamais voltei lá. Quanto à França, foi uma paixão que dura até hoje e se pudesse, a visitaria muito mais vezes do que já fui. Paris me deixa em estado de graça, me identifico tanto com a cultura francesa, que não vejo defeito em nada.É claro que tem , e quando enxergo, não dou importância. Caminho tanto por essa cidade e não gosto da idéia de andar de metrô, pelo simples fato de achar que estou perdendo a oportunidade de ver mais a sua beleza.
Peço licença ao poeta para mudar o nome da cidade porque para mim, “Quem se cansa de Paris, está cansado da vida”.
Mariana
Bom, nao deu para ler todos os comentarios… mas nao resisto a dar também palpite:
Ainda bem que tudo nao é lindo e perfeito e cheirosinho e servido na hora certa do jeito que o turista quer: se nao nao ia ser Paris, ia ser Disneylandia!!!
(é por isso que eu a-do-ro reclamar do mau humor dos garçons parisienses… Me sinto tao chic reclamando em Paris! se nao nao ia ter graça morar no interior, né?)
Paloma
Confesso que quando vi pessoas dormindo debaixo de marquises em frente à Galeria Lafayette, tomei um susto. Não esperava ver essa cena em Paris nos meus sonhos românticos… Vimos um rapaz de terno e gravata pular a catraca do metrô, vimos uma malandra tentando nos dar um golpe e furtando 2 dos nossos macarons. Mas rimos disso. A cidade se tornou mais humana e nos sentimos mais parte daquele sonho.
Fui extremamente bem atendida em todos os lugares que fui! os franceses corrigiam a minha pronúncia, não para desdenhar ou me criticar, mas para me ensinar!
Usei muito o metrô e achei maravilhoso! pode não ser o mais limpo, mas era pontual e infalível e nos rostos cansados das pessoas que retornavam do trabalho eu via cenas da Paris de Paris Je T’aime e de Julie Lescaut. Emoção demais!
seu blog contribuiu muito para isso!
beijos
Clara Albuquerque
Paris é uma cidade com aroma real. Com problemas e belezas, com tristezas e sonhos. Acima de tudo, maravilhosa. Morei na França e visitei Paris diversas vezes. Todas as vezes, voltei ainda mais apaixonada pela cidade, mesmo com todos os seus problemas, comuns às grandes cidades do nosso mundo, um pouco mais ali, um pouco menos aqui.
Parabéns sempre pelo blog.
Thales
Olha, eu até vi essa Paris do e-mail, mas todos os dias penso no meu retorno e no mundo de coisas incríveis que vi lá e que desejo rever.
Cris
Acho muito triste uma pessoa que tem oportunidade de conhecer uma cidade como Paris perder tempo se apegando aos defeitos da cidade, que não são diferentes de qualquer outra metrópole….Paris tem tanta história, tanto charme, tanta beleza que é praticamente uma injustiça renega-la a uma cidade suja. Amo Paris e ela sempre será um lugar especial pra mim, e com certeza pra outras milhares de pessoas!!! Ah, Maria Lina, acho melhor vc já aconselhar essa pessoa a nunca visitar Roma ou Veneza, pois se ela achou Paris um lixo, imagina só…
Carol BSB
Lina, diante de todos esses comentários não há mais nada a acrescentar.
Ainda não conheço Paris pessoalmente, embora tenha uma curiosa familiaridade com tudo o que diz respeito a ela. E, mesmo sonhando diariamente com o dia em que porei os meus pés ali, não idealizo, não acho que vá encontrar um cenário, mas sim uma cidade que transpira história. Talvez o excesso de expectativa seja o erro em que incorrem as pessoas que só vêem o lado negativo de Paris (ou de qualquer outro lugar do mundo).
Aproveito a oportunidade para mais uma vez parabenizá-la pelo seu blog e agradecê-la opr nos brindar com tanta beleza!
David
O problema é que as pessoas criam uma expectativa muito grande, como se Paris fosse um céu na terra. Antes de pisar em Paris eu passei mais de uma semana na Alemanha na casa de um amigo meu e ele me advertiu que lá (em Paris) as coisas eram menos organizadas e mais sujas que na Alemanha, mas mesmo assim era uma cidade maravilhosae imperdível. Já íamos ficar hospedado num bairro popular (bastille), então preparei meu espírito. Cheguei na Gare de l’est e tomamos um metro para a bastille em horário de pico, numa linha que vinha do 19th, com duas malas pesadas em cada mão (eu e minha esposa). Na saída da estaçao de metrô, que não tinha escada rolante (pra mim esse foi um dos maiores defeitos de lá e não a sujeira), um rapaz local (francês não-imigrante e bem apessoado) por acaso ajudou a gente a troco de nada com as malas, o que demente a lenda que os franceses tratam mal os outros que não falam sua lingua. Aliás, onde a gente ficou, fizemos amizade até com a dona da padaria da esquina, sem conseguirmos falar francês direito. Existe sujeira e mendigos nas ruas? sim. Mas nada comparado ao Brasil. Nem mesmo a Buenos Aires. Existe algo em comum entre nós os franceses, a nossa cultura latina, que cria uma espécie de laço afetivo. Na minha opinião Paris não é uma cidade pra se fazer turismo nem city-tour mas pra se viver um tempo nela, fazer amigos, ir na padaria, no mercadinho, tomar num café numa esquina, pegar um metrô, andar num parque,… Adorei o ambiente multicultural do leste de Paris, a sofisticação da zona oeste, a arquitetura, os boulevards… voltarei novamente.
Lu M.
Lina, acho que o pessoal já disse tudo!
Estive em Paris 3x e não tenho do que me queixar. Só lamento ainda não ter voltado lá depois de conhecer seu blog!
Você faz um trabalho lindo, não desanime!
Um abraço
Ricardo
Numa conversa ou numa leitura, não vale o que dizemos ou o que escrevemos. O que conta, é o que o outro percebe, o que o outro escuta ou o que lê. Tem gente que sempre vê o copo meio cheio. Outros, sempre o veem meio vazio. Também não concordo com o e-mail que você recebeu. Para mim, isto foi um pensamento que não precisama ser externado. E se externar for de extrema necessidade, é preciso fazer de uma maneira educada e construtiva. Reclamar é o mais fácil. Tente criar, olhar para frente e para cima, tenho certeza que sua vida será mais alegre, mesmo no metro de Paris, nas escadarias de Montmartre e até mesmo nas mulheres da Bosnia, que tenho certeza, tem histórias de vida muito mais interessantes que uma viagem decepcionante a Paris.
Lina, parabéns pelo seu blog.