No início achei divertido. Um ou outro, singelas lembranças de amores que teimam em serem eternos.
Foto: Sérgio T. Gonçalves
Mas agora a coisa está ficando grave. Eles ocuparam todo a grade da Pont des Arts.
Começaram a subir pelos suportes e estão se instalando nas lanternas.
Não contentes, eles migraram para a linda ponte para pedestres, a Passerelle Solferino, que liga o Jardin des Tuileries e o Musée d’Orsay.
O momento da diversão já ficou para trás. A situação agora está preocupante. Estamos vivendo um Padlocks Invaders.
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62 Comentários
Juliana
Poxa, acho interessante os cadeados. Depois de vários comentários que li aqui, não penso mais em pôr o meu cadeado.
Eymard
Mary, pior é que não é costume “deles”. Isso é coisa de turista. Como a história de jogar a moeda na Fontana de Trevi. Ou deixar uma carta de amor para Julieta em Verona. Você encontra esses cadeados em outros lugares do mundo. Em Ravello, lá em cima da Costa Amalfitana, vi cadeados. Mas não em quantidade como em Paris. Em Paris tudo é superlativo. A questão que fica para reflexão é se o exagero dos cadeados esta a ponto de estragar (fisicamente) as pontes ou mesmo a estética das pontes sobre o Sena.
Mary Silva
Gostaria de dar meu “pitaco” aqui… Entre tantas discussões que não cheguei a entender bem…. O espaço e aberto aos “pitaqueiros” de plantão e Lina não censura ninguém não e? Bem… Quanto aos cadeados vi em uma das pontes (não sei o nome) fica atra da Notre-Dame … E, não gostei! Se fosse aqui no Brasil seria considerada: “Macumba”!!! E alguns teriam até medo de passar nas pontes…. Mas, como e em Paris e chic, de vanguarda…. Adorei Paris, mas essa de colocar cadeado… Se precisa colocar cadeado para prender não e Amor, e egoísmo! Enfim…. Mas êh costume deles não nosso… Então não vamos ajudar a enfeiar uma cidade tão linda como Paris………
Lina
Mary Silva
Os pitacos são sempre bem vindos. O espaço é aberto para debates.
Jane Curiosa
Maaarcooos! Apareça djá!Miss Marple está magoada com você!
Sophia
Embora incompreensível para mim, é fato que muitos não se satisfazem apenas em apreciar um lugar ou uma paisagem e sentem necessidade de interferir e deixar uma marca.
Se não prejudicassem o patrimônio, não me queixaria. Mas prejudicam. Isso sem contar com o gasto desnecessário, já que há um custo para a mão-de-obra de retirada e descarte das interferências.
Ao ver os cadeados, lembro-me dos “escaladores” do Monumento às Bandeiras, em frente ao Ibirapuera e próximo de casa. Todos aboletados sobre a escultura, como se ela fosse um brinquedo de parquinho. Não há dúvida que a escalada a danifica. Triste, triste…
Sergio A
Triste! Não transformem este espaço maravilhoso criado pela Lina em quintal de vossos egos. Preservar o CP e mais importe que nossas opiniões pessoais.
Marcos
Eymard,
as respostas às suas questões são sim, sim e não.
Ainda assim, tomar como filosofia de vida o “Eu faço o que Eu quiser”, sem pesar as implicações, me parece, que me perdoem os mais sensíveis, de uma parvoíce babilônica.
Obrigado pelo elogio, tento, no mais das vezes, tecer comentários interessantes e/ou instrutivos, como você mesmo disse; comentários excessivamente impressionísticos, tatibitates ou tiradas de senhoras bonachonas em um chá das cinco não são do meu feitio.
Para finalizar a discussão em tom mais leve, algumas palavras de Fernando Pessoa: “A maioria pensa com a sensibilidade, eu sinto com o pensamento. Para o homem vulgar, sentir é viver, e pensar é saber viver. Para mim, pensar é viver e sentir não é mais que o alimento de pensar.”
Orlando
Bem, pessoal, para “fechar” o assunto dos cadeados, podemos “abrir” nossos corações às diversas opiniões manifestadas…
Ops, jogaram a chave no Sena. E, agora ? 😉
Bom, fim de semana para todos.
Eymard
Marcos, se alguém diz que o comentário de outra pessoa é uma asneira (de dedo em riste, pois não consigo imaginar pior julgamento sobre um comentário), estará sujeito a ouvir que seu próprio comentário é uma grosseria. Ou não? Não se trata de censura. Mas de opinião trocada. Ou não? na minha inocência também acho que opinião se defende apenas com argumentos. Já li comentários seu muito interessantes e instrutivos. Mas todos estamos sujeitos a um comentário infeliz. E, num lugar público como um blog, a ser comentado por outros participantes e não exclusivamente pela Lina. Aliás, não foi exatamente o que você fez em relação ao comentário de outra pessoa?
Marcos
Ora, e eu que em minha inocência acreditava que a deliberação sobre a dispensabilidade dos comentários fosse prerrogativa única e exclusiva da própria Lina. Ela, que ao contrário de alguns, progressista e libertária, não exerce censura de qualquer natureza nos comentários. Coisa certamente ininteligível aos fascistoides de plantão que, dedo em riste, são exemplares em cercear e calar!