A história de amor dos ratos por Paris é antiga. Desde a idade média os bichinhos elegeram esta bela cidade como local ideal para viver. E com razão. Neste lapso de tempo outros fizeram a mesma escolha. Em 2017, Paris ficou em segunda posição na lista “melhor cidade para morar” para as três nacionalidades mais ricas do mundo: americanos, chineses e japoneses (leia aqui).
Por que os ratos de Paris são mais famosos do que os das outras cidades? Eles seriam mais charmosos do que os londrinos? Mais elegantes do que os alemães? Os ratos não são exclusividade francesa e não foi em Paris que aprendi a gerenciar o conflito entre nós e eles. Foi no Brasil.
Antes de atravessar o Atlântico morava em uma bela casa, projeto de um excelente arquiteto brasileiro já falecido, Marcos de Vasconcellos. A casa, cada vez mais bonita, está em bairro residencial perto de um lago e implantada dentro de um grande jardim. Imagino que em prédios no meio urbano a guerra contra os ratos seja menos estressante. Mas a localização desta casa exigiu inúmeras negociações. Nos espaços íntimos, a guerra entre eles e nós foi total. Mas nas áreas externas e de uso social estabelecemos uma convivência sob controle.
Este aprendizado foi pessoal, minha filha tem pânico de ratos até hoje. Se aparecer um roedor na sua casa ela transfere armas e bagagens para o hotel mais próximo.
Voltemos aos ratos parisienses. Moro em apartamento no centro de Paris. Temos um serviço de higiene que passa a cada seis meses verificar se há vestígios dos bichinhos no prédio. Como na casa do Brasil, nas caves do subsolo parisiense a única solução é negociação e divisão controlada do espaço. Os inúmeros níveis do subsolo da cidade, com antigos túneis construídos nos séculos passados, esgotos e linhas de metrô, formam uma rede inexaurível. Impossível saber por onde os ratos passam.
Para tornar a situação mais complexa, na França existe a espécie “ratinho de telhado”. Somos atacados em várias frentes, eles vivem nos subsolos e nos famosos e charmosos roofs de Paris. Os síndicos contratam serviços de desratização e, em cada apartamento, venenos absolutamente irresistíveis são colocados em pontos estratégicos.
É raro encontrar um ratinho dentro da banheira – o que aconteceu comigo em maio do ano passado. Mas possível. Telefonamos para a empresa, marcamos uma visita de urgência, os agentes trocaram os venenos por produtos mais recentes, fechamos a baguette e todas guloseimas dentro do armário e ficamos em estado de alerta.
E assim vivemos, nós e eles, dividindo Paris e seus prazeres.
Atualmente a Prefeitura de Paris está em negociação com os ratos da cidade. A presença deles nos subsolos e locais sem habitação é aceita, quer dizer, não existe outra solução. Mas nas pracinhas onde as crianças brincam, nos grandes jardins como Tuileries e nas áreas de piquenique não. Aí também está demais.
Para que a Prefeitura saia vitoriosa desta negociação ela precisa de aliados, ou seja, a população e os turistas. Paris é o primeiro destino do mundo, o número de turistas aumenta continuamente. Locais e turistas adoram fazer piquenique nos parques e nas praças. Onde tem alimento tem ratos e camundongos.
Como o número de roedores visíveis no centro da cidade atingiu o ponto crítico, os locais conflituosos são fechados para desratização.
Por favor, não deixem cair alimentos e não joguem alimentos no chão.
Como dizia no início, esta é uma história de amor e ódio antiga que envolve contínuas negociações e às vezes alianças estratégicas. Aqui, no Brasil e no mundo inteiro.
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7 Comentários
Carlos Vaz
Estou agora na rue 9, 75001, no Au pere fouettard e está infestado de ratos, chamei o garçom e o mesmo ficou rindo, dei uma “engrossada”, com o mesmo e acabou me “dando” as duas últimas taças de vinhos grátis..,ridículo deixei 2 euros de gorjeta e falei para ele comprar veneno para o bar, to fora de lugares insalubres.
Luís Carlos
Em uma estação de metrô certa vez , vi no mínimo uns 30 ratos andando entre os trilhos, no intervalo de um trem para outro ! Já era próximo de fechar o metro e tinha pouco movimento , eles saem sem se importar com quem está ali kkkk
Adene Muniz
Graças a Deus nunca vi nenhum rato nas vezes em que estive em Paris! Certa vez fiquei em um apartamento térreo mas mesmo assim nenhum deles veio me visitar. Rsrsrs
Vera L A C
Minha filha mora em Hamburgo, Alemanha , e há alguns meses está às voltas com os ratos. Mora em apartamento e eles o frequentam constantemente . Já foram colocadas inúmeras ratoeiras com guloseimas muito saborosas, mas os espertinhos as rejeitam … foi feita desratização , colocado aparelhos c sons irritantes p afugentá-los e nada…
Enquanto isto , toda a alimentação guardada a sete chaves , todos os objetos da cozinha são lavados antes de seu uso, enfim uma vida estressante , sem nenhum paz .
O hilário de tudo isto é que nunca tinha visto ou percebido a presença destes roedores quando morava aqui no Brasil… foi ter o desprazer de conhecê-los na Europa, seus velhos inquilinos…
Anderson Pereira
Ainda me lembro, lá pelos idos de 2000… estavam eu e minha esposa em uma famosa pizzaria no Boulevard Montparnasse. Eis que o garçom foi pegar os pães em um enorme saco ao lado do balcão. Mexeu e um pequeno camundongo saiu por detrás. Caminhou confiantemente por debaixo das mesas até a porta de saída. Como o movimento lá fora era muito grande, voltou para o conforto e segurança do saco de pães. Minha esposa só soube do fato no hotel, óbvio. E nós 2 comemos os pães!!!
Mônica Bruschi
Ótimo isso! Gatos e pessoas unindo-se por uma causa! Devo dizer, que esse artigo veio a calhar, e não é maneira de falar. Mudei para minha cada há cinco meses, e há uns dois , notei a presença de ratinhos nas áreas externas!
Tenho um gato lindo e mimado. Honorè. Quando expliquei para ele a situação, e que depois de tantos anos, precisaria do auxílio dele, me deu as costas e me deixou falando sozinha. Vamos ter que colocar venenos em locais estratégicos, coisa que me aborrece sobremaneira, pois imagino os ratos e seus filhotes e fico desolada!!! Meu marido diz: que absurdo essa linha de pensamento, que eles são monstros en forma fe roedores e concordo, com restrições. Fiquei imensamente reconfortada,sabendo que estou bem acompanhada com essa situação.
lisa
Istambul resolveu em parte esta questão com o aumento da população de felinos livres e fraterna convivência da população com esses gatos.