Você sabia que a gravata, este banal acessório do mâle europeu, é um concentrado de símbolos diversos? Que o seu uso é um exercício altamente codificado?
A gravata mostra imediatamente o status social da pessoa.
O uso da gravata, para aqueles que exercem uma atividade manual, além de desconfortável pode ser perigoso.
Fotos: gravatas Hermès
As pessoas que estão no ápice da pirâmide social, escolhem gravatas de seda e ousam cores fortes e estampas inusitadas.
Os grupos sociais situados nas escalas inferiores preferem cores neutras, que sujam menos e tecidos laváveis na máquina.
A gravata é considerada um símbolo da dominação masculina. Para terem uma idéia, no famoso carnaval de Cologne, o maior carnaval europeu, as mulheres possuem um dia próprio, a quinta anterior à quarta feira de cinzas. Neste dia elas festejam a liberação e saem pelas ruas cortando as gravatas dos passantes. Difícil não ver neste gesto um simulacro da castração.
Assim chegamos na gravata considerada como um símbolo fálico. Ou então, um acessório altamente sensual. Desdobrando o tema, em inglês tie significa gravata e amarrar. O objeto pode ter utilizações diversas e na ordem do dia graças ao (não li e não gostei) bestseller 50 Shades of Grey.
Leia mais sobre as festividades do carnaval de Cologne aqui.
Leia artigo sobre gravata e sexualidade aqui.
Descontos e presentes aos leitores do Conexão Paris
|
15 Comentários
Tania Baião
Com um marido que coleciona e adora gravatas, fico sempre olhando as vitrines para descobrir alguma diferente.
As Hermés das fotos estão lindas. Também gosto da moda atual francesa da gravata na mesma cor da camisa.
Mauricio Christovão
Para quem gosta do tema, um livro mais interessante é “Histoire d’O”, de Pauline Réage.
Maria das Graças
Fácil mesmo Lina. Obrigada.
Jacqueline
Também não li e nã gostei. Com exceção a algumas páginas encartadas numa revista e lançadas como chamariz. Li as tais páginas e conclui que não valia a pena ler o resto. Aliás, penso o mesmo de Paulo Coelho, pois jamais consegui ir além de meia dúzia de páginas de seus livros onde há alguma coisa que lembra outras coisas e outras leituras. Mas, enfim, vou contra a maré. Por isso, fiquei contente de ver que, ao menos quanto a 50 tons, não estou só.
Carlos
Meu pitaco para o comentário: ” Não li e não gostei
de 50 Shades of Gray”. Apoio o comentário. Quanta porcaria é lida no mundo. Tantas coisas boas para ler e o povo é iludido com pseuda literatura.
Mauricio Christovão
Dizem que a gravata veio de uns lenços ou xales que os antigos usavam, para proteger o pescoço do frio. Depois foi virando um adereço da moda e até símbolo de luxo e posição. Não gosto de gravata, e a uso apenas em ocasiões muito especiais. Por isso sou engenheiro. Se gostasse de terno(preto) e gravata, seria advogado…
José Rodrigues
Lavar gravata na máquina, quem me dera rs.
Me lembra a história de um cara que arrumou uma nova assistente doméstica que colocou todas as gravatas, do tipo das do post, na máquina.
Imaginem o prejuízo.
No mais quanto aos símbolos psicológicos ou não deixo para os entendidos.
Maria das Graças
Lina, voce sabe porque a preferência pelas gravatas azuis na França?
Lina
Maria das Graças
Azul é uma cor aceita em todas as circunstâncias. Fácil.
Jane Curiosa
É tudo intriga da oposição.O resto é fetiche.
Rafael Gojohnson
Dizia um amigo meu; “…mas o quê, tenho que usar uma corda que me aperta o pescoço e que tem uma seta apontada pro p*u? O que Freud diria disso?”. Era funcionário público, assim como eu, que hoje estou habituado, se contrariado. No frio agride menos.