Praça da República. Tales of a Wanderer no Flickr

Praça da República. Tales of a Wanderer no Flickr

A Place de la République em Paris sempre foi um local símbolo da República e ponto de partida ou chegada de manifestações e desfiles políticos.

Place République no início de março 2016

Place République no início de março 2016

Após os atentados, ela se tornou ponto de expressão de todas as emoções. Consciente que as famílias atingidas esperavam uma homenagem, a Prefeitura instalou na praça uma placa em memória às vítimas dos atentados de janeiro e novembro 2015. Ela se encontra aos pés de uma “árvore da lembrança” plantada na mesma ocasião.

A França possui há séculos o hábito de gravar nas ruas os nomes daqueles que morreram por ela no espaço público. As guerras e atentados são dramas coletivos e gravar os nomes permite individualizar a história. Se prestarmos atenção veremos que Paris é inundada de placas de mármore em homenagem aos resistentes, aos deportados e às vítimas de atentados.

A Prefeitura, após a inauguração da placa, esperava limpar o espaço em torno da escultura central, jogar fora flores, fotos, cartazes e voltar à normalidade. Logo após um evento dramático a emoção é grande. Mas a vida continua e o cotidiano se reinstala.

Place de la République, início de março 2016

Place de la République, início de março 2016

Mas République, até hoje, mantém viva a lembrança dos atentados. E de vários outros fatos históricos. Quando prestamos atenção nos textos deixados pelo público encontramos referências à história de outros países, algumas sem nenhuma ligação com a França.

Place de la République, início de março 2016

Place de la République, início de março 2016

Atentos à criação expontânea deste “lugar da memória”, os Arquivos de Paris passaram a coletar e tratar as mensagens deixadas na praça. Elas passam por um processo de secagem, limpeza e classificação. Mais tarde, os historiadores terão material de estudo do pós 13 novembro 2015.

Place de la République, início de março 2016

Place de la République, início de março 2016

Assim se constrói a memória de um país.

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