Velasquez no Grand Palais

Velasquez no Grand Palais

Ao sair da exposição Velasquez, no Grand Palais em Paris, me lembrei de uma matéria publicada pela Vanity Fair de abril 2015. Trata-se de uma reflexão do historiador inglês Colin Jones sobre a história do sorriso.

Na era do selfie e do marketing o sorriso tem algo de banal. Nos albuns de família, nas campanhas eleitorais, nas publicidades e nas redes sociais vemos um desfile incessante de bocas abertas e dentes brancos. O sorriso se impôs como a norma da representação social e não podemos imaginar o mundo, hoje, sem ele.

Exposição Velasquez

Exposição Velasquez

Mas na esfera artística dos séculos passados, sorriso era considerado escandaloso. A pintura de um rosto com boca entreaberta e dentes brancos era chocante.

A exposição Velasquez ilustra perfeitamente a questão. Este poster, que se encontra no final da exposição, mostra um dos retratos da família real espanhola.

Se percorrermos os principais museus do mundo ocidental encontraremos grandes bocas abertas e largos sorrisos mas sempre com conotação negativa. A pessoa representada rindo pertence às classes mais baixas da sociedade, é marginal, louco ou doente. A boca aberta representa o medo, o espanto, o desespero, o ódio.

De por Velasquez

Démocrite por Velasquez

Alguns pintores famosos foram representados rindo como Rembrandt, Watteau e Georges de la Tour. Mas trata-se de uma homenagem ao filósofo grego Démocrite cujo riso era a reprentação da loucura do mundo. Velasquez pintou Démocrite, o único personagem sorridente da exposição.

Durante muitos anos a etiqueta social exigiu o controle absoluto do corpo. Sorrir mostrando os dentes ou rir às gargalhadas, em público, era tão proibido quanto arrotar, roer unhas, palitar dentes, cuspir e espirrar.

Nesta época, as bocas também estavam fechadas por razões práticas. A higiene bucal era inexistente e todos perdiam cedo os dentes. Com o aparecimento dos dentistas, o sorriso se impôs devagar. Sua liberação total foi somente em meados do século XX. A partir deste momento o sorriso se tornou o símbolo da sociabilidade. De lá para cá as bocas foram se abrindo cada vez mais e assim entramos no reino do sorriso.

Grafitti do artista francês Andre

Grafitti do artista francês Andre

A se tornar obrigatório, ao se tornar a representação da felicidade a todo preço, ao se tornar uma grande força de venda publicitária, ao invadir via smileys nossos textos, o sorriso não estaria se tornando banal demais?

Hoje, alguns líderes de opinão pública preferem manter a boca fechada como Anna Wintour e certos manequins profissionais que substituíram a boca risonha pela boca zangada ou entediada.

Prestem atenção nos desfiles de moda e verá que todos os manequins perderam o sorriso. Dizem que, nos bastidores, os post-it colocados nos muros lembram aos manequins o último detalhe: no smile!

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