O Museu Orangerie, localizado no Jardim Tuileries, é focado no impressionismo e pós-impressionismo. Sua grande atração são As Ninféias, série de quadros pintados por Claude Monet em Giverny.
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O Museu Orangerie
Na extremidade oeste do Jardim Tuileries (o “jardim do Louvre”), em frente à Place Concorde, há dois pequenos prédios que abrigam dois pequenos museus.
À esquerda fica o Jeu de Paume, dedicado à fotografia. À direita fica o Museu Orangerie, focado no impressionismo e pós-impressionismo e cuja principal atração são as Ninféias, série de oito enormes quadros pintados por Claude Monet em Giverny.
Museu Orangerie, no Jardim Tuileries. Entrada principal. (foto: Traktorminze / Wikimedia)
Origens do prédio
O prédio do Museu Orangerie não foi originalmente concebido para abrigar arte e sim para abrigar laranjeiras – daí o nome, Orangerie.
Os pés de laranja que eram usados na decoração do Jardim Tuileries e que, durante o inverno, ficavam guardados em uma das galerias do Museu do Louvre, precisavam de um novo local para serem mantidas.
O edifício, encomendado pelo imperador Napoleão III e projetado pelo arquiteto Firmin Bourgeois, foi construído em 1852, em um tempo recorde de quatro meses.
O prédio foi concebido quase como uma estufa: sua fachada sul, voltada para o rio Sena, era envidraçada para receber a luz e o calor do sol. A fachada oposta, voltada para o interior do Tuileries, era quase cega para evitar os ventos do norte.
O prédio do atual Museu Orangerie em 1900.
Após a queda do Império em 1870, o Orangerie passou a pertencer ao Estado e a ter dupla função: no inverno abrigava as laranjeiras e nos meses mais quentes do ano recebia vários eventos: feiras agrícolas, musicais, exposições de arte e de cães, banquetes, competições etc.
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De estufa a museu e As Ninféias
Em 1921, o Estado cedeu o edifício do Orangerie ao sub-secretário das Belas Artes. O objetivo era transformar o local em espaço para exposição de obras de artistas da época.
Georges Clemenceau propõe então instalar no Orangerie o grande conjunto de quadros As Ninféias, que Claude Monet estava pintando e havia oferecido ao Estado logo após o fim da 1ª Guerra Mundial.
Sala d’As Ninféias de Monet, no Museu Orangerie (foto: Sophie Boegly-Crépy)
Claude Monet tinha uma ideia precisa de como queria expor As Ninféias e de como deveria ser o espaço que as receberia. Ele se engajou fortemente no projeto de reforma do Orangerie, ao lado do arquiteto Camille Lefèvre, para que tudo saísse de acordo com o que tinha idealizado.
Os oito painéis de quase dois metros de altura, com comprimento total de 91 metros, estão dispostos em duas salas sucessivas, de plantas ovais que formam o símbolo do infinito. Elas são acessadas por um vestíbulo, que constitui a transição entre o mundo exterior e o interior.
A orientação leste-oeste das duas salas segue o caminho do sol e do grande eixo parisiense, que vai do Louvre até o Arco do Triunfo. Finalmente, a luz natural que vem do teto de vidro busca mergulhar o visitante em um estado de graça – desejo do pintor.
Sala d’As Ninféias de Monet, no Museu Orangerie (foto:
)O “museu Claude Monet” foi inaugurado por Clemenceau em 17 de maio de 1927, alguns meses após a morte do artista, e ganhou o nome de Museu Nacional Orangerie do Tuileries.
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A coleção permanente
A partir dos anos 1930, o Orangerie passou a apresentar importantes exposições temporárias, além de ter como atração permanente e principal As Ninféias de Monet, a grande estrela do museu até hoje.
Em 1984, o museu agrega de forma permanente a coleção Jean Walter et Paul Guillaume, adquirida pelo Estado francês no fim dos anos 1950.
Essa é uma das mais belas coleções de arte europeia contando com 146 obras que cobrem o período de 1860 aos anos 1930, impressionismo e pós-impressionismo.
São 25 quadros de Renoir, 15 de Cézanne, 1 de Gauguin, 1 de Monet, 1 de Sisley, 12 de Picasso, 10 de Matisse, 5 de Modigliani, 5 de Marie Laurencin, 9 de Douanier Rousseau, 29 de Derain, 10 d’Utrillo, 22 de Soutine e 1 de Van Dongen. Veja a lista de todas as obras da coleção.
O prédio atual
A última transformação do Orangerie ocorreu de 2000 a 2006. As salas construídas no nível acima do andar da entrada foram retiradas e a luz natural voltou a iluminar As Ninféias.
Novos espaços foram criados no sub-solo para instalar a coleção Jean Walter et Paul Guillaume. Espaços de exposição temporária, um auditório, uma sala de ensino e uma livraria também foram criados.
O museu reabriu em 17 de maio de 2006 e continua a desenvolver uma política ambiciosa de exposições temporárias.
Interior do Museu Orangerie após a reforma de 2000
A partir de maio de 2010, o Orangerie passou a ser ligado ao Museu d’Orsay – e não mais ao Museu Luxemburgo. Vale a pena visitar o Museu Orangerie logo após a visita ao Museu Orsay – que fica bem perto.
Você vai continuar no mesmo universo impressionista e irá se maravilhar com o conjunto “obra + espaço” d’As Ninféias. Existe até mesmo um ingresso único que pode ser utilizado pra visitar os dois museus.
O edifício do Orangerie está cercado por várias esculturas de famosos artistas. Ao longo da fachada norte há um trabalho de Alain Kirili e três bronzes de Rodin: Eve, Meditation avec bras e L’Ombre.
Na frente do museu há uma réplica d’O Beijo de Rodin. No lado oposto da entrada, há Reclining Nude, de Henry Moore, e Le lion au serpent de Antoine-Louis Barye.
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Continue no universo de Monet com o passeio até Giverny
Após visitar o museu, não deixe de conhecer os jardins de Monet em Giverny. Assim, você poderá ver, ao vivo e a cores, a vegetação retratada pelo pintor em suas telas. Uma experiência emocionante!
Como ir de Paris até Giverny?
- Por conta própria: de trem até Vernon, e depois de shuttle até Giverny. Compre sua passagem antecipadamente de trem, clique aqui.
- De ônibus de turismo: maneira confortável, prática e econômica. Existe a visita livre de meio dia que inclui bilhete de entrada, audioguia e transporte de ida e volta de Paris em ônibus especial, clique aqui para saber mais e fazer sua reserva.
- Mas a OPÇÃO MAIS SIMPÁTICA E CHARMOSA é combinar a visita à casa e aos jardins com um delicioso passeio de bicicleta pela região. Para mais informações e reservas, clique aqui e acesse nosso site do Conexão Paris Viagens.
Informações práticas
Museu Orangerie
Endereço: Jardin de Tuileries, 75001. Metrô Concorde, linhas 1, 8 e 12.
Funcionamento: aberto todos os dias menos às terças, 1° de maio, manhã do 14 de julho e 25 de dezembro.
Ingresso: 13,50€. Clique aqui para comprar seu ingresso corta fila. Gratuito para menores de 18 anos de qualquer nacionalidade; pessoas de 18 a 25 anos residentes na União Europeia e para todos no 1° domingo de cada mês.
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11 Comentários
Andréa Orsini
Bom dia!
Vocês acham necessário comprar ingresso com antecedência para o Museu Orangerie?
Tem muita fila normalmente aos sábados?
Obrigada.
Rodrigo Lavalle
Andréa, durante os finais de semana costuma ter fila.
Mariana
Olá!!
A visita no primeiro domingo de cada mês, como funciona? Basta chegar e “ficar na fila”? Será que é demorada?
Visitaremos agora em início de junho.
Obrigada!!
Rodrigo Lavalle
Mariana, basta chegar e “ficar na fila”, que costuma ser longa.