Como todos os anos, durante o evento Journées Européennes du Patrimoine, quando vários monumentos abrem suas portas ao público, nós fazemos a listinha dos endereços que adoraríamos conhecer. Foi assim que visitei monumentos estraordinários como o Senado Francês, no jardim Luxembourg, e lugares interessantes como os bastidores da RATP, a empresa encarregada do metrô de Paris. Mas nunca consegui entrar no endereço que ocupa desde sempre o primeiro lugar da minha lista: o Palácio do Governo Francês cujo verdadeiro nome é Hôtel d’Évreux e comumente chamado Palais de l’Élysée.
O evento acontece sempre nos fins de semana e o de 2016 terminou ontem, domingo. Como sei que não terei nunca a paciência necessária para enfrentar filas, minha visita foi virtual graças à um vídeo do guia Michelin e de fotos pescadas no Flickr.com.
A mansão, construída para ser a moradia do conde de Evreux, foi considerada como a mais bonita residência da periferia de Paris. Não podemos esquecer, que nesta época, Paris terminava no Louvre e no Tuileries e onde, hoje, temos a avenida Champs Élysées, gansos e galinhas andavam soltos no quintal de pequenas fazendas.
Situada dentro de um imenso parque a mansão refletia a fortuna e o poder do seu proprietário.
Após a morte do conde de Évreux, o palacete trocou de mãos várias vezes e aí viveram Louis 15, Madame de Pompadour, amante de Louis 15, (mal vista pelos fazendeiros vizinhos, ela encontrava grafitis agressivos no portão da entrada como p… do Rei) e Napoleão III. Em 1848 o Hôtel d’Évreux se tornou a residência dos Presidentes da República.
Como podem imaginar, a decoração da mansão foi modificada inúmeras vezes, mas os salões de recepção não perderem o essencial do seu aspecto original. Apesar de todas as transformações, o Palais de l’Élysée possui uma grande coerência arquitetônica. Hoje, o monumento é dotado de uma infraestrutura necessária para o exercício da função presidencial e para a proteção do presidente.
Durante a Journée du Patrimoine, os visitantes conhecem, no térreo, as belas salas e salões onde são recebidas as personalidades e onde são servidos os jantares oficiais.
No primeiro andar, o escritório do presidente da República e os escritórios dos principais colaboradores.
Algumas vezes, a cozinha do Élysée é aberta ao público.
A entrada principal fica no número 55 da rua Faubourg Saint Honoré. Mas, no dia do evento, o público tem acesso ao palácio pela “entrada do galo”, que fica na avenida Gabriel, paralela à avenida Champs Élysées.
Último detalhe, a sede do governo possui 320 relógios. Quase todos são antigos e um mestre-relojoeiro passa todas as semanas para dar a corda.
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7 Comentários
Mara
Muito bacana seu post. Abcs
Maria Luiza Esper
Olá Rodrigo, vou aproveitar sua resposta para a Mica e relatar o que aconteceu comigo. Certa vez, em Paris, tentei reservar um taxi no site da companhia G7. Em um dos campos para preencher é pedido um telefone celular para contato. Não aceitaram o meu pois o prefixo era do Brasil. Tentei várias vezes mas meu pedido não foi aceito. Você sabe se essa exigência foi modificada?
Rodrigo Lavalle
Maria Luiza, irei verificar.
Mica
Muito obrigada, Rodrigo, me ajudou bastante!
Mica
Bonjour!
Gostaria de fazer quatro perguntinhas, por favor!
1) Ficarei hospedada no endereço: 6, Rue de Ecouffes, e gostaria de saber como faço para chegar do aeroporto de ORY ate referido endereço (pelo que vi, o metro mais próximo e o St. Paul).
2) Farei o passeio de bike com vocês e gostaria de saber se e perigoso eu voltar 1h da manha da Rue Brantome ate o meu endereço?
3) Voltarei de Paris para o Brasil, numa sexta-feira. O meu voo e 21h, vocês acham que se eu pegar um taxi 17h eu chego em 1h no aeroporto CDG? Como estarei em apartamento alugado pelo Airbnb, acho que e mais fácil chamar Uber, do que chamar taxi na rua, o que acham? O Uber funciona bem em Paris?
4) Como chegarei num domingo, pensei em fazer, de acordo com o roteiro “cinco roteiros em quatro dias em Paris”, a parte “Paris historia e descolada”, de onde estarei, eu começaria pela Placê dês Vosges, correto?
Muito obrigada!
Rodrigo Lavalle
Mica,
1) em Orly pegue o trem automático Orlyval até a estação Antony. Lá pegue o trem RER B e vá até a estação Châtelet – Les Halles. Lá pegue o metrô linha 1 (direção Château de Vincennes) e desça na estação Saint Paul.
2) não é perigoso, é bem perto.
3) por ser sexta-feira às 17:00 talvez a viagem do Marais até o CDG leve um pouco mais de tempo mas você pode chegar ao aeroporto até 19:00. O Uber funciona super bem e será mais fácil que achar um táxi na rua. Você pode também chamar ou reservar com antecedência um táxi no site da companhia G7.
4) domingo no Marais é bem animado pois as lojas estão abertas.