O livro A História do Brasil nas Ruas de Paris conta a saga de personagens históricos brasileiros na Cidade Luz e mostra a importância de Paris na vida e na obra de cada um deles.

Quando recebi um email do jornalista Mauricio Torres Assumpção contando sobre o seu livro – A História do Brasil nas Ruas de Paris –, gostei de cara. Achei o recorte original, uma ótima sacada.

No livro, acompanhamos a estadia tumultuada de D. Pedro I, o imperador deposto, alvo de zombarias dos franceses. Descobrimos que nosso imperador, ao conhecer Gioachino Rossini em Paris, o gênio da ópera, lhe ofereceu partituras com suas próprias composições. Rossini não só gostou do presente, como apresentou a composição (ouça abaixo) na Salle Favart, com o próprio D. Pedro regendo a orquestra.

D. Pedro II, anos depois, em sua busca constante pelo conhecimento, encontrou em Paris seus pares. Era recebido com pompa e disputado nos salões mais importantes da capital francesa. Nosso imperador tentou convencer seu amigo Pasteur a visitar o Brasil para estudar a febre amarela. Tornou-se membro da Academia das Ciências do Institut de France, na qual, longe dos problemas do império, podia se dedicar às discussões científicas. Viu a torre Eiffel ser construída, assim como a Opéra Garnier. Ao Jardin des Plantes, doou 17 mudas exóticas brasileiras. Deposto do trono no Brasil, D. Pedro voltou a Paris e lá viveu até seus últimos dias.

Cerimônia do funeral de D. Pedro II em Paris, em 1891

Cerimônia fúnebre de D. Pedro II em Paris, em 1891

No livro de Maurício Torres Assumpção, também acompanhamos Santos Dumont sobrevoando Paris com seu dirigível – contornando a Torre Eiffel ou pousando diante do restaurante Maxim’s para tomar “un verre” antes de seguir viagem!

SantosDumont

Santos Dumont contorna a Torre EIffel com um de seus dirigíveis

A partir da experiência com os balões dirigíveis, Le Petit Santôs criou seu “mais pesado que o ar”, como eram chamadas as máquinas que dariam origem aos aviões. O primeiro vôo do 14-bis aconteceu no Bois de Boulogne.

Ao acompanhar a estadia de Heitor Villa-Lobos na cidade, nos loucos anos 1920, descobrimos como nosso maestro e compositor precisou ir a Paris para encontrar sua alma brasileira e aplicá-la em sua obra. O mesmo aconteceu com os modernistas Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade.

Placa em homenagem ao compositor Villa-Lobos, em frente ao Hotel Bedford onde, coincidentemente, também se hospedou o Imperador Pedro II.

Placa em homenagem a Villa-Lobos, em frente ao Hotel Bedford, onde, coincidentemente, também se hospedou o Imperador Pedro II.

Com o relato sobre Lucio Costa e Niemeyer, descobrimos o legado de nossa arquitetura modernista em Paris. O livro narra a história da Maison du Brésil, casa dos estudantes brasileiros na Cidade Universitária, projetada originalmente por Lucio Costa e entregue ao amigo Le Corbusier para o desenvolvimento do projeto. Posteriormente, diante das modificações feitas por Corbusier, Lucio Costa acabou abrindo mão da autoria do prédio.

Maison du Brésil

Maison du Brésil. Foto do site da Cité Universitaire.

O jornalista narra ainda a temporada do camarada Oscar Niemeyer em Paris, e a história da Sede do Partido Comunista Francês, projeto do arquiteto na cidade, hoje usada como locação para desfiles de moda e filmes publicitários.

Sede Partido Comunista Frances

Sede do Partido Comunista Francês em Paris, projetado por Niemeyer. Foto: Wikipedia, por Ralf.treinen

O livro surpreende não apenas pelo recorte e pelas deliciosas histórias, mas também pela extensa pesquisa feita pelo autor. Ao final de cada capítulo, Mauricio Torres Assumpção lista os pontos frequentados pelos personagens em Paris, indicando endereço e como chegar. E ainda fornece arquivos de vídeos que podem ser vistos no YouTube, como os exibidos acima.

Ler A História do Brasil nas Ruas de Paris é passar a ver Paris com outros olhos. Ao visitar a Torre Eiffel ou a Champs-Elysées, será impossível não se lembrar dos vôos de Santos Dumont. Na Place de l’Opéra, imaginar D. Pedro II se hospedando no Grand Hotel. No Palais Royal, nosso imperador recebendo seus amigos no restaurante Le Grand Véfour. Na Bastilha, pensar que D. Pedro I estava presente no lançamento da pedra fundamental da Coluna de Julho, o monumento que fica no centro da praça. Nas salas de concerto de Paris, como a Salle Pleyel, imaginar Villa-Lobos sendo aclamado por público e crítica.

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