por Rodrigo Lavalle
A grife Chloé completa em 2012 sessenta anos de existência e comemora a data com uma exposição no Palais de Tokyo, perto da torre Eiffel. Mais do que uma retrospectiva, a exposição destaca as peças e momentos emblemáticos da história da marca. Fundada em 1952 pela egípcia Gaby Aghion, a Chloé teve ao longo desses anos vários estilistas famosos como seus diretores criativos. O mais conhecido deles e que lá trabalhou por mais tempo – de 1965 a 1984 e depois de 1992 a 1996 – foi Karl Lagerfeld. Além dele houve Stella McCartney, hoje em sua marca própria, de 1997 a 2001 e Phoebe Philo, atualmente na cultuada Céline, de 2002 a 2006.
O que se percebe na exposição é como nos anos 70 as referências e temas das coleções eram traduzidos de forma literal nas roupas, acessórios e styling dos desfiles. Instrumentos musicais, lâmpadas e tesouras aparecem em bordados ou estampas óbvias. Talvez isso fosse resultado do processo criativo do Lagerfeld naquela época. Hoje em dia para Chanel ele interpreta suas referências e os temas das coleções de forma mais sutil e diluída.
A fase Stella McCartney foi onde a Chloé voltou a estourar e ser relevante. Toda uma nova geração de consumidoras conheceu a marca nesse momento. A estilista trouxe um universo pop, lúdico, divertido e sexy. Seus hits foram as roupas com estampa de abacaxi – aplicada em locais controversos – e de cavalos. Ambas as coleções “inspiraram” muitos estilistas brasileiros na época…
Com Phoebe Philo a marca pela primeira vez se lança no mercado de artigos de couro. Sua grande contribuição foi a criação da bolsa ‘Paddington’ que é uma das it bags mais famosas.
Outro ponto que se nota pela exposição é que os anos 70 foram um período importante para a marca. Nessa época foi consolidado o ‘estilo Chloé’ ou o que o povo da moda costuma chamar de ‘DNA da marca’. Por isso mesmo a minha fase preferida é o período que vai de 2008 a 2011, quando a inglesa Hannah MacGibbons assumiu a direção criativa. Ela conseguiu fazer coleções mais adultas, chiques e elegantes com referências à década de 70 sem parecerem datadas ou caricaturais.
Continuando as comemorações, serão relançadas em edição limitada 16 peças importantes que contribuíram para o sucesso da marca. Elas estarão à venda a partir de fevereiro de 2013.
O ingresso para a exposição da Chloé serve também para visitar as outras exposições – sofríveis – que estão acontecendo no Palais de Tokyo. Não recomendo.
Chloé Attitudes – Palais de Tokyo – 13, avenue du President Wilson, 75016 – metrô linha 9, estação Iéna
Descontos e presentes aos leitores do Conexão Paris
|
13 Comentários
Rodrigo Lavalle
Oi Ludmila, tudo bem?
Muito obrigado pelos elogios!
Se você já esteve na feira de Milão acho que vale a troca principalmente porque além da feira você terá Paris para passear.
Abraços!
Rodrigo Lavalle
Ludmila
Marcos e Rodrigo, ADORO as postagens de um e os “pitacos” do primeiro. Vou aproveitar a presença de ambos e pedir uma opinião: sou arquiteta e estou pensando em visitar a Maison e Objet 2013 ao invés do Salão Internacional do Móvel em Milão.Vale a pena a troca? Abs.