A artista portuguesa Joana Vasconcelos se instala em Versailles. Barroca e provocadora, Joana é a primeira mulher a expor no castelo.

Suas obras são compostas por objetos do cotidiano, com exuberância e irreverência. Joana vê o exterior do castelo como masculino. O interior, ela o considera essencialmente feminino e o associa a  bailes, perucas,  leques e rendas delicadas.

Na entrada somos recebidos por Mary Poppins, peça exuberante e suspensa ao lustre. Fabricada com tecidos, objetos e tricôs, Mary Poppins é um corpo tentacular protetor.

No Salão da Guerra, um coração negro feito de garfos, colheres e facas de plástico.

Na Galeria dos Espelhos, a obra Marilyn –  sapatos feitos com panelas, lembrando o luxo festivo.

Ao todo são 17 esculturas espalhadas pelo castelo e seus jardins.

Houve uma certa polêmica na mídia sobre a interdição de expor em Versailles o famoso lustre confeccionado com OBs. Na realidade, ele nunca esteve programado para esta exposição. Versailles recebe visitantes de origens diversas e esta obra poderia ferir sensibilidades. Uma pena, adoraria vê-la.

Aproveitei para eleger a visita de Versailles como a número um na minha lista dos “sofrimentos” de Paris. Versailles acabou de roubar o primeiro lugar, antes atribuído à torre Eiffel. Quando me vi presa e cercada por uma muldidão de turistas nos longos e estreitos corredores do castelo, sem chances de avançar ou de recuar, me disse que somente uma artista como Joana Vasconcelos para explicar a minha presença ali.

 

 

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